Ouriço-cacheiro

Mamíferos

 


1) Nome Popular :  Ouriço-cacheiro
2) Nome científico :  Coendou villosus
3) Onde pode ser encontrado em vida livre na cidade:   CR: Parque Anhanguera, Bairro Itaquera.
4) Biologia: Habitat : Habitat Florestas tropicais, mata atlântica. Vive em regiões arborizadas. Quase nunca desce ao chão, encontrando alimento e água nas àrvores.
Comportamento : Na selva vive sobre as árvores e se pendura nos galhos com a cauda. Quando acuado, esconde a face e arrepia os espinhos dorsais como defesa.
Alimentação: Frutos, brotos, sementes, folhas, casca de árvores. A água ele retira das frutas e folhas, não tendo que essencialmente beber àgua
Reprodução : Da reprodução nasce apenas um filhote por vez, cujos espinhos já se encontram em seu corpo, porém ainda não rígidos, endurecendo com o suceder dos anos
Grau de ameaça no Estado de S.Paulo e no Brasil
5) Relação com a cidade (adaptação, impacto, doenças)
 
 O ouriço-cacheiro pode ser encontrado na cidade devido à invasão do homem em seu ambiente natural, com a destruição de árvores típicas de seu habitat, como por exmplo da decorrência de queimadas. Seus espinhos não causam doenças, porém podem avançar a penetração devido à vibração muscular.
6) Curiosidades(tamanho, coloração, etc)  O ouriço-cacheiro nunca ataca e nem foge apenas se defende eriçando seus espinhos, que ao contrário do que pensam não são lançados no inimigo, mas apenas se despreendem com o contato.
Não é difícil encontrar animais urbanos, como o cão, e silvestres, como a onça, com o focinho cheio de espinhos de ouriço.
Essa espécie de ouriço é comumente confundida com o porco-espinho europeu ou norte-americano, porém pertencente inclusive a outra família
7) Histórico e fatos interessantes de animais atendidos:  Os ouriços cacheiros são geralmente vítimas de ataques por cães ou de munícipes que se sentem ameaçados pelo inofensivo animal e acabam por acertá-los com pauladas. Foi o caso de um animal (cadastro 9774) adulto que deu entrada na Divisão de Fauna em outubro de 1998 apresentando impotência funcional dos membros posteriores. O animal havia entrado em uma firma, no município de Jandira, recebendo uma paulada de um dos funcionários. Outro funcionário da mesma firma sensibilizado com o ocorrido, nos encaminhou o animal. Ao exame radiográfico constatou-se fratura do ramo acetabular do pubis esquerdo e disjunção íleo sacra esquerda. O animal teve sua fratura imobilizada, e como não alimentava-se sozinho recebeu alimentação na boca nos primeiros dias. Após uma semana de internação passou a alimentar-se sozinho e a movimentar os membros posteriores. Na segunda semana já estava andando normalmente, e após sua total recuperação foi solto em novembro do mesmo ano no Parque Anhanguera.
8) Fontes consultadas  *Busatto, R. 1975. Bicholândia. Escolas Profissionalizantes Salesianas.
*Queiroz, L.R.S. !998. 100 Animais Brasileiros. Editora Moderna. O Estado de São Paulo, São Paulo. 112 p.