Prefeitura de São Paulo

Por Nilson Hernandes

Dados do Sistema Integrado de Gestão da Assistência à Saúde (SIGA) apontam que a Secretaria Municipal da Saúde ampliou em um milhão o número de consultas médicas ofertadas nas unidades básicas de Saúde no ano passado em relação à 2012. Foram 8,6 milhões de consultas disponibilizadas ante 7,6 milhões, o que representa um aumento de 13%. O estudo foi feito pela Área Técnica de Tecnologia da Informação (ATTI) da Secretaria com base nas agendas informadas no software usado em toda a Rede Municipal.

Outro resultado positivo aferido pelo estudo feito pela ATTI é que o tempo médio para marcação da primeira consulta na Rede de Atenção Básica caiu de 33 (2012) para 26 (2015) dias. Quando se analisa o quesito consulta de retorno, também houve diminuição na espera: de 36 (2012) para 33 dias no ano passado.

Cabe considerar que a otimização dessas novas vagas à população foi possível graças ao esforço da Pasta no sentido de rever todos os contratos firmados ainda na gestão passada, com as Organizações Sociais de Saúde (OSS), por meio de novos chamamentos que preveem equipe mínima e, na falta dela, penalidades financeiras contratuais; a vinda de 243 profissionais (dezembro de 2015) do Mais Médicos para integrar as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF); a abertura de concursos públicos e a aprovação de um novo Plano de Cargos e Salários, ações que contribuíram para afixar profissionais; a diminuição do absenteísmo por conta da Central 156, que liga para os pacientes para lembra-los da consulta; e a aprovação do Documento Norteador da Atenção Básica, que ficou por dois meses em consulta pública para incluir importantes demandas de profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.

"Hoje, um paciente que procura a UBS e, após avaliação de enfermagem, necessita de consulta deve ser atendido no mesmo dia. Quando for caso menos grave, segue para agendamento. Mudamos ainda o sistema de retorno nas consultas: nenhum paciente poderá sair do serviço de saúde sem ter a data do seu retorno agendado. É o fim do 'volta outro dia' ou mesmo da prática de algumas unidades de marcar data para abrir ou fechar agenda", explica o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.

Rede Especializada

Do mesmo modo foram aferidos os números da Rede de Atenção Especializada, com base nas informações constantes no SIGA. Foi constatado igualmente um aumento na oferta de consultas, se comparado o ano de 2012 com o de 2015: 2,75 para 2,97 milhões, respectivamente. Um incremento da ordem de 8%. Em números absolutos, saltou de 1,22 para 1,31 milhões na primeira consulta e de 1,49 para 1,61 milhões no retorno. O tempo médio de agendamento caiu de 49 (2012) para 45 (2015) dias, no caso da primeira consulta.

As especialidades com as maiores demandas registraram maior oferta: Ortopedia Geral passou de 348 mil consultas em 2012 para 352 mil no ano passado; Oftalmologia saltou de 249 mil (2012) para 325 mil (2015); e Endocrinologia foi de 196 mil em 2012 para 197 mil no ano passado.

Esses aumentos são justificados, entre outros fatores, pelo advento das unidades do Hospital Dia Rede Hora Certa; da otimização das equipes nas unidades especializadas, por meio da reorganização das unidades; a abertura de concursos públicos e a aprovação de um novo Plano de Cargos e Salários, ações que contribuíram para fixar profissionais; a diminuição do absenteísmo por conta da Central 156, que liga para os pacientes para lembra-los da consulta.