Orientadores socioeducativos do SEAS CAPE são contratados pelo Programa Trabalho Novo

Bons resultados podem levar a ampliação de novas oportunidades


Foto: Marcos Gabriel
Por: Juliana Liba e Marcos Gabriel

O Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) Modalidade 3 da Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (CAPE) possui 26 orientadores socioeducativos contratados pelo programa Trabalho Novo, até o momento. Eles foram admitidos por meio da Associação Comunitária São Mateus (ASCOM), entidade conveniada a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).

Segundo o coordenador de projetos da ONG, Francis Larry de Santana Lisboa, o programa da Prefeitura de São Paulo, que já empregou mais de 1.400 pessoas em situação de rua, se alinha aos objetivos institucionais da ASCOM.
Além disso, de acordo com ele, devido aos bons resultados existe a possibilidade de ampliar o quadro de funcionários entre os participantes do programa.

Três homens há pouco viviam nas rua decidiram aproveitar esta oportunidade para escrever uma nova história, repleta de luz, felicidade e determinação.

Rogério

Nascido em Sergipe, Rogério da Silva, 34 anos, tem muita história pra contar quanto se trata de sua vida e suas respectivas reviravoltas. Em São Paulo há mais de 10 anos, ele viveu por um tempo na baixada santista e assim que perdeu o emprego decidiu ir para o Rio de Janeiro. Rapidamente, retornou a São Paulo.

‘’Logo que voltei para São Paulo não tinha onde ficar, então tive que morar na rua. Depois de muito tempo vivendo em condições ruins, procurei ajuda no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e logo me indicaram para um centro de acolhida’’, contou.

José Roberto

O final feliz de José Roberto, 56 anos, ficou para trás quando viu seu estilo de saúde complicar. ‘’Depois de seis AVCs eu perdi o emprego aqui em São Paulo e tudo começou a complicar. Fui despejado de casa, e não conseguia emprego’’, contou.

Sem saber o que fazer, José decidiu procurar um amigo que logo o acolheu. ‘’Antes de tudo acontecer, eu trabalhava em uma cozinha, por isso meu amigo decidiu me dar essa força. Fiquei trabalhando como confeiteiro e isso me deu um ânimo’’, explicou.

Sabendo dos programas e projetos da Prefeitura Municipal de São Paulo, José se encontrou novamente. ‘’Me chamaram para morar no Centro de Acolhida Morada do Sol, e logo fiz o curso de capacitação da Rede Cidadã ’’.

Assim que passou pelo curso, ele foi chamado para trabalhar em um emprego que não fazia ideia do que era. ‘’Eu não sabia mesmo onde iria trabalhar, só me falaram que era dia e noite e era relacionado à crianças e adultos’’, concluiu.

A ONG Rede Cidadã realiza cursos de capacitação para inserir pessoas em vulnerabilidade social, no mercado de trabalho. O curso acontece em locais diferenciados e tem a duração de uma semana. Durante esses dias, os alunos aprendem a como se portar durante entrevistas e como se preparar para seus futuros empregos.

Reviravolta

Tanto Rogério quanto José Roberto conseguiram enfrentar as dificuldades da vida e se reergueram de maneira corajosa.

Hoje, ambos trabalham como orientadores socioeducativos no Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) da Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (CAPE).

‘’Tudo isso foi muito satisfatório, porque ajudar pessoas que passaram pelo o que eu passei é algo que me deixa muito feliz’’, contou Rogério.

‘’Morei no Centro Temporário de Acolhimento Mooca (CTA) até o dia 7 de novembro, mas com todo esse apoio consegui alugar uma casa para viver sozinho’’, finalizou com alegria.

José também não esconde sua felicidade. ‘’Nos sentimentos acolhidos e estão nos dando oportunidades porque quase nenhuma empresa nos ajudaria. Estender a mão para quem esta na situação que eu passei me deixa realizado’’, disse José Roberto. Ele também viveu no abrigo Morada do Sol até o dia 7 de novembro, e graças ao apoio do serviço, conseguiu alugar uma casa.