Texto: Luanna Marin
Foto: Divulgação 

O TCI (Terapia Comunitária Integrativa), é um instrumento que permite construir redes sociais solidárias, a partir da conversa e socialização de um determinado grupo. Visando essa integração, o gerente do CTA (Centro Temporário de Acolhimento) Lapa, Francisco Lopes, convidou a profissional terapeuta Maria Ângela Soderi, para aplicar a terapia com o grupo de conviventes do local.

As rodas acontecem às segundas-feiras, às 16h, com duração de duas horas. Para abrir a roda, é feita uma dinâmica com música, bexigas, utensílios para promover a interação do grupo, posteriormente, se inicia a discussão em torno de um tema sugerido pelos conviventes. “Sempre temos de 4 a 6 pessoas que sugerem temas e a gente se aprofunda, depois, temos o momento da conversa, onde cada cita sua experiência e como ela foi resolvida”, conta Maria Ângela Soderi, terapeuta que acompanha o grupo.

As rodas são feitas com o propósito de aproximar esses indivíduos que possuem um fio-condutor em comum e que muitas vezes se colocam com certa relutância para diálogos, mas as dinâmicas e as conversas são acompanhas por profissionais que visam assistir e acompanhar esses indivíduos, além de fazerem o encaminhamento ideal para cada caso.

“Eles acabam encontrando a resposta de um problema a partir do problema falado pelo outro, o que facilita o nosso trabalho e traz maior segurança na externalização das experiências vividas por eles”, comenta a terapeuta sobre o processo de fala e de reinserção desses indivíduos a partir do trabalho desenvolvido em grupo.

O trabalho da TCI é desenvolvido há 30 anos, porém somente agora está sendo mais procurado, até mesmo pelo SUS, que visa implantar o trabalho como forma de capacitação para encaminhamentos assistidos.