Oficinas de Hip Hop no CCA AMAS trabalham valores em crianças e adolescentes

Texto: Luanna Marin
Foto: Divulgação

Com o intuito de trabalhar valores, interação e a timidez das crianças e adolescentes do CCA Amas, foi implementado como grade anual a oficina de dança de hip hop, que acontece com crianças e adolescentes do espaço, sendo das 09h às 10h, as aulas para as crianças e das 10h às 11h, para os adolescentes.


A gerente do CCA, Vanessa, garante que as crianças sempre gostaram muito de dança, “antigamente tínhamos ballet, um projeto mais focado para apresentação, quando decidimos colocar o professor de hip hop e trazer um estilo mais despojado para perto”, afirma a gerente. Com o hip hop, as adesões às oficinas aumentaram e também, a socialização dos participantes, com o foco atualmente na capacidade das crianças e adolescentes de aprenderem os passos e se organizarem entre si.


“Eles levaram a dança para vida mesmo, a apresentação acaba acontecendo mais para os pais, mas o estilo, por ser diferente, acaba se tornando uma festa, pois eles fazem batalha de hip hop, em rodas de passos diversos”, comenta Vanessa, sobre a desenvoltura de todos nas oficinas.


O professor de dança que foi nomeado a ministrar as oficinas é Demétrio Furlan, mais conhecido no meio como Furlan, que busca firmar proximidade com as crianças e adolescentes do CCA, com o objetivo de criar uma relação de confiança e possa desfrutar disso nas oficinas. “Procuro estabelecer uma relação de troca, na qual desde o momento em que chego no CCA eu já começo a estratégia de proximidade, com o jeito que me visto, a minha linguagem de gírias, tudo que me faça próximo a eles e não distante”, conta Furlan.


“Meu projeto visa desenvolver na criança a capacidade da improvisação na dança e de poder ter autonomia de criar suas próprias coreografias”, afirma Furlan, que realiza um trabalho de dança social de free style, no qual organiza as turmas em grupos com dinâmicas diferentes, com a finalidade de proporcionar interação social entre todos.


O intuito da oficina é desenvolver a autoestima e quebrar as barreiras da timidez, por meio das rodas de hip hop e da integração de todos. Para estimular ainda mais a independência deles, Furlan organiza campeonatos, como uma espécie de fechamento do ano letivo com uma batalha de dança, em que os grupos criam passos e coreografias e os jurados – profissionais de fora convidados – julgam e dão as notas. “ Sempre com o foco de desenvolver a capacidade deles de serem independentes, eu proponho as batalhas e eles se organizam entre eles, revelando a autonomia que já se faz presente e os torna capazes de fazer tudo isso”, afirma Furlan.