Texto: Guilherme Fernandes
Foto: Divulgação
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08/03, refere-se também a reflexões e debates sobre respeito e igualdade de gênero. Com esse foco, o Centro de Acolhida (C.A) Dom Fernando, em parceria com a Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes, realizou um evento com os acolhidos no dia 09/03. Cerca de 50 pessoas, entre funcionários e conviventes, participaram da iniciativa, que contou com algumas performances musicais e poéticas.
O equipamento possui, em sua maioria, conviventes homens, que puderam compreender por meio da arte a forma como o machismo afeta o público feminino e gera impactos na sociedade como um todo. Entre as discussões propostas foi dado destaque para o tema de como é possível equilibrar o cenário social e torná-lo mais justo e igualitário.
Para a orientadora socioeducativa do Dom Fernando, Sirlene Aparecida dos Santos, foi um dia muito especial devido à troca de experiência entre gêneros. “Na oportunidade foram feitas homenagens a todas as mulheres, em especial para aquelas que fazem parte da vida dos acolhidos e que acompanham seu desenvolvimento até alcançarem independência”, destaca.
Além dos conviventes, alguns funcionários também participaram das apresentações, como por exemplo, o agente operacional Bruno Hasensratz, que fez um rap sobre a ótica do homem e da mulher na sociedade. “Sou integrante de um grupo chamado A Teoria, e compomos letras engajadas com assuntos atuais. Faço minhas músicas visando trazer questões sobre as diferenças sociais”, explica.
Entre os conviventes estava presente Marcos Vinícius Rodrigues, ex-dependente químico, que prestou uma homenagem a sua mãe por meio de voz e violão. Durante o evento, a mãe de Marcos, Rosimar Aparecida Rodrigues, compartilhou um depoimento sobre a melhora na saúde do filho e a gratidão pelo trabalho realizado no Centro de Acolhida.