Assistência Social inaugura Residência Inclusiva na zona leste de São Paulo

Equipamento ofertará acolhimento para jovens e adultos com diversos tipos de deficiências intelectuais e físicas

 Em parede de pedras marrons, uma placa cinza está grudada na parede. Na placa há o logo da Cidade de São Paulo e abaixo em letras pretas está escrito “Residência Inclusiva Acolher Casa Dois”. A frente da placa, há sete pessoas em pé e duas delas removendo um pano branco que também contém o logo da cidade.

Texto Guilherme Fernandes
Fotos: Wagner Orígenes

A Prefeitura de São Paulo inaugurou nesta sexta-feira (20), na Penha, Zona Leste da capital, a Residência Inclusiva Acolher – Casa II, para jovens e adultos com deficiência sem vínculos familiares ou com vínculos fragilizados e que não possuem condições de autossustentabilidade ou de gerir a própria vida.

A cerimônia contou com a participação do secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Marcelo Del Bosco; a Supervisora de Assistência Social da Penha, Marcia Selles; a presidente do Instituto Vida São Paulo, Andreia Santana, o coordenador da Proteção Especial, Nelson Aldá, além dos demais serviços presentes no território.

Na casa, jovens e adultos com deficiência (intelectual, sensorial, física, múltipla, TEA - Transtorno do Espectro Autista), que foram abandonados por suas famílias ou com vínculos fragilizados, e que necessitam de maiores cuidados para realização de atividades básicas do cotidiano como preparar um alimento e tomar banho, recebem um atendimento qualificado por uma equipe multiprofissional composta de cuidadores, cozinheiros, agentes operacionais, assistentes sociais, psicólogo, terapeuta ocupacional, entre outros.

A residência é administrada pela SMADS por meio de parceria com o Instituto Vida São Paulo, e têm capacidade para acolher um grupo de até dez pessoas, auxiliando os acolhidos no processo de superação de barreiras. Para a presidente Andreia “a inclusão não acontece apenas na residência, e sim no mundo”, comenta.

Na residência ocorre o desenvolvimento das atividades diárias por meio de atividades escolares, grupo de empregabilidade, oficina de desenho, passeios, entre outras, respeitando o grau de deficiência de cada um. Todo o mobiliário da casa é adaptado e adequado às necessidades dos moradores. A residência conta, inclusive, com uma rampa com corrimão de acesso e banheiro adaptado com barras de apoio. De acordo com a residente Maíra Alves, de 20 anos, “o espaço é bom e confortável, os educadores são atenciosos e é tranquilo viver aqui”, relata.

A busca por autonomia na execução de atividades diárias, assim como a integração na sociedade é o foco da Residência Inclusiva. Alguns residentes já estão no mercado de trabalho enquanto outros estudam. A gerente do serviço, Tamara Nunes, explica que os residentes estão integrados ao bairro aonde vivem, “eles conhecem a vizinhança, saem para passear por conta própria e participam das atividades do bairro”, diz.

Na cerimônia de inauguração, o secretário-adjunto destacou a importância das Supervisões de Assistência Social (SAS) nos distritos e a presença da SMADS em cada território, “o munícipe reconhece a prefeitura pela atuação dos serviços em cada local”, afirma.

Atualmente a rede socioassistencial da SMADS conta com 10 Residências Inclusivas nas regiões da Sé, Aricanduva, Vila Prudente, Mooca, São Mateus, Santo Amaro, Parelheiros e também na Penha. As vagas são referenciadas nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e também podem ser viabilizadas por meio de órgãos do sistema de garantia de direitos.

 

Dezoito pessoas posam para foto, dentre eles o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social; a Supervisora de Assistência Social da Penha, Marcia Selles; a presidente do Instituto Vida São Paulo, Andreia Neves dentre outras autoridades.