Conviventes do Centro de Referência e Defesa da Diversidade participam de atividades direcionadas ao Mês da Visibilidade Trans

Cerca de 200 pessoas participaram da programação que envolvia arte, informação e debates

Dezenas de pessoas estão reunidas dentro de uma sala, sentadas em cadeiras. A sala está toda decorada com o objetos nas cores azul e rosa. No teto, há uma faixa escrita “Visibilidade Trans” nas cores azul e rosa. 

Texto: Juliano Damasco
Foto: Acervo

O fim do mês de janeiro foi um tanto quanto agitado para atendidos do Centro de Referência e Defesa da Diversidade (CRD), serviço localizado no bairro da República, no centro da cidade. Eles participaram durante uma semana de ações e atividades voltadas para o Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29/01.

A primeira das atividades foi a participação dos conviventes do CRD na quinta edição da Caminhada Trans de São Paulo, articulada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), no dia 25/01. Com o tema “liberta meu corpo”, o trajeto da caminhada se iniciou na Avenida Paulista e se encerrou na Câmara Municipal.

No dia 29/01, os conviventes tiveram a oportunidade de assistir o filme “Janaína Dutra: Uma Dama de Ferro”, que conta a história de uma travesti muito conhecida por lutar incansavelmente pela causa LGBT. Após a exibição do filme, foi realizada uma roda de conversa sobre o tema ‘Trajetória dos direitos das pessoas trans no Brasil’ com a presença da advogada Nicolly Damasceno.

No dia seguinte houve uma testagem de HIV e Sífilis com prioridade para as pessoas transexuais. Além dos testes, os atendidos também produziram cartões postais temáticos sobre a dignidade trans.

“Eu gostei bastante, pois fiquei belíssima com a maquiagem, e tirei fotos para cartão postal trans. Particularmente, achei ótimo. Nós precisamos dessa representatividade”, declara a atendida Adrielly Estefanny.

Para o encerramento do mês, o serviço promoveu o “Sarau da Visibilidade Trans”, ministrado pelas orientadoras Marcela Monteiro e Amanda Marfree. No sarau, realizado em 31/01, os atendidos fizeram apresentações cantando, dançando, dublando e recitando poesias. Além das apresentações, o evento contou com uma roda de conversa em que conviventes trocaram ideias e partilharam opiniões sobre as situações vividas no cotidiano das pessoas transexuais no Brasil.

Amanda também comentou um pouco sobre a importância da causa. “No meu discurso eu falei de empoderamento, sempre relatando a importância da luta contra transfobia. Exaltei e expliquei o surgimento do dia da visibilidade trans, falando dos nossos direitos e deveres como cidadãos e cidadãs na sociedade, que pagamos impostos como qualquer outra pessoa e que a constituição que nos garante direito de ir e vir. Nossa luta é constante e juntas não somos fortes, somos imbatíveis”.