Prefeitura de São Paulo distribui 80 mil máscaras de proteção

A ação intersecretarial entregou 4,5 mil unidades nos serviços da rede socioassistencial que integram o Complexo Prates

 

Mulheres com aventais azul e verde entregam máscaras de proteção brancas organizadas em cima de duas mesas brancas, doadas para os conviventes do Centro de Acolhida Prates I, que formam fila respeitando um metro de distância para evitar contágio do Covid-19, à frente de prédio azul com janelas de metal.

Texto: Ricardo Abel
Fotos: Wagner Origenes 

A Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias municipais de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET) e Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), recebeu 80 mil máscaras de proteção facial para a rede socioassistencial da cidade. Nesta sexta-feira (15), 4,5 mil foram entregues nos cinco equipamentos do Complexo Prates, localizado no bairro do Bom Retiro, na região central.

As máscaras foram produzidas pelo programa Costurando pela Vida, iniciativa da SMDET. O projeto compreende a seleção e contratação de microempresas, empresas de pequeno porte, microempreendedor individual e cooperativas para a produção de um milhão de máscaras de algodão, seguindo o padrão adotado pela Anvisa.

No Complexo Prates, que atende diariamente 1.096 pessoas em situação de rua e extrema vulnerabilidade social, foram distribuídas quatro unidades por convivente. De acordo com a secretária da Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Giannella, “a iniciativa é uma forma de garantir a proteção das pessoas para que elas possam conviver respeitando o distanciamento social e interagindo sem risco”, explica a secretária.

No Centro de Acolhida Prates I, Vanderlino Batista dos Santos, estava em uma mesa dedicando seu tempo aos estudos e avaliou como a doação das máscaras pode contribuir para a proteção coletiva no equipamento: “se todo mundo usar aqui dentro ficam todos protegidos, evitando a contaminação no local”, relata o convivente.

No Centro de Acolhida Especial para Mulheres Transexuais (CAE), Casa Florescer I, a convivente Sasha Silva mora há três meses no local e agradeceu as contribuições. “Com as doações de hoje, fico com 11 máscaras e componho looks diferentes”, diz. E conclui que “a colaboração mútua entre as conviventes ajuda a combater a pandemia em um momento tão difícil”.


Complexo Prates

O Complexo Prates conta com cinco serviços socioassistenciais com amplas instalações que comportam desde dormitórios, banheiros, sala de TV, lavanderia, biblioteca, horta comunitária, salão de atividades, espaço de convívio, cozinhas e atendimento social.

No local, que dispõe de 1.096 vagas, estão instalados três Centros de Acolhida para adultos: Prates I, Prates II e Prates III. E também o Núcleo de Convivência Prates e o Centro de Acolhida Especial para Mulheres Transexuais (Casa Florescer I). O complexo possui um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

 Mulher Transexual com blusa marrom e máscara de proteção verde com bolas brancas, sentada em um sofá bege com detalhe e almofada cremes, à frente de cortina bege e parede creme com detalhe marrom, e ao lado de lustre marrom de cerâmica.
 

Máscara de proteção branca sobrepondo outras 6 unidades ensacadas sobre uma mesa branca, à frente de uma parede branca com desenho de uma maça colorida centralizada