Texo: Natalia Nora Marques
Fotos: Acervo
As aulas da oficina de “amigurumi” oferecidas pelo Serviço de Assistência Social às Famílias (SASF) Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, começaram no início de maio e estão sendo ministradas pela professora Ariane Torres. Ela tem um canal no YouTube, que leva seu nome, no qual disponibiliza vídeos com tutoriais de artesanato.
Para o trabalho com os atendidos pelo SASF, foram gravados vídeos exclusivos com links específicos que são disponibilizados semanalmente em um grupo no WhatsApp. Como as aulas não são ao vivo, a interação com a professora ocorre também por meio desse grupo, onde os alunos podem tirar dúvidas e enviar fotos do progresso.
Antes da parte prática dos vídeos, a professora contou parte da história dessa atividade artesanal de origem japonesa, além de explicar as diferenças culturais que os bonecos possuem em comparação com os feitos no Japão. Em seguida explicou sobre o uso dos materiais que foram recebidos pelos atendidos e ensinou os primeiros pontos para a montagem dos bonecos.
A iniciativa partiu de uma parceria com a ONG União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS) juntamente com a Coats Corrente, que forneceu os materiais, e foi destinada tanto ao SASF Ipiranga quanto ao Centro de Defesa e Convivência da Mulher (CDCM) Sônia Maria Batista, localizado na mesma região.
A gerente do SASF, Kátia Mendes, explica que oito famílias do serviço estão participando da oficina, além de mais sete participantes do CDCM, e que houve uma preocupação com o acesso à internet dessas famílias para que elas pudessem acompanhar os vídeos em suas casas. “Infelizmente a pandemia não nos permite receber várias pessoas e oferecer as aulas aqui no serviço”, a gerente reconhece que o aproveitamento seria melhor se os encontros fossem presenciais, mas afirma que os resultados estão sendo positivos.
O objetivo da oficina é ensinar uma nova prática para as famílias que promove a interação entre crianças e seus pais ou responsáveis, desenvolver as habilidades manuais dos atendidos pelo serviço e proporcionar uma possível fonte de renda extra para as famílias, devido à possível comercialização dos bonecos.
Para Mendes, o fato de a professora ser bastante reconhecida no meio do artesanato e crochê, é muito positivo porque incentiva os atendidos e oferece um aprendizado de qualidade. Esse empenho pode ser percebido pelas imagens enviadas pelos alunos no grupo do WhatsApp, o que para a gerente “é o melhor retorno possível, assim podemos ver que eles estão aproveitando e se divertindo”.
