Centro Dia para Idosos realiza oficina de musicoterapia

Os conviventes são beneficiados semanalmente pelo contato com os ritmos

No centro da imagem está um idoso atendido pelo CDI com um instrumento circular em sua mão. Ele está sentado em uma cadeira branca e olha para o lado esquerdo da foto.

Texto: Natalia Nora Marques
Fotos: Acervo

O Centro Dia para Idosos (CDI) Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo, promove encontros todas as segundas-feiras entre os atendidos e o grupo de trabalho e pesquisa em musicoterapia social e comunitária, Chama Trio. O objetivo é desenvolver os movimentos, relaxar e se conectar com a música através dos instrumentos que foram confeccionados por alguns oficineiros do CDI.

Durante duas horas, os idosos realizam um alongamento para começar a manhã, acompanham as melodias propostas pelo trio de oficineiros e tocam os instrumentos. Além da coordenação motora que é desenvolvida, questões de saúde física e mental são trabalhadas através das músicas. Idosos que sofrem do mal de Alzheimer, por exemplo, têm seus sintomas amenizados durante a oficina que é oferecida por psicólogos e musicistas.

A demanda pela musicoterapia partiu dos idosos há alguns anos no CDI, a partir disso, os funcionários buscaram oficineiros que pudessem trabalhar com eles. Desde então, as aulas são oferecidas para todos os idosos, por conta da pandemia de COVID-19, a oficina acontece em espaços abertos para até 15 atendidos, ou em dois grupos de até 8 idosos quando as temperaturas estão muito baixas para que a oficina seja realizada em áreas externas.

Os instrumentos, que costumavam ser divididos, foram substituídos por aqueles que foram confeccionados por outros oficineiros. Foram usados canos de PVC, bolinhas de ping pong, miçangas e outros utensílios para que cada atendido pudesse manusear apenas os seus objetos, garantindo maior segurança para eles. A gerente do CDI, Rose Elias, explica que “muitos idosos tinham uma rotina muito resumida, portanto a oficina de musicoterapia, além de trabalhar o humor e a memória afetiva, enriquece o dia a dia dos atendidos”.