Centro para Crianças e Adolescentes do Ipiranga colhe hortaliças plantadas pelos atendidos

Projeto de horta comunitária ajuda na educação alimentar dos conviventes

Foto de uma menina atendida pelo CCA segurando uma alface ao lado de uma funcionária do serviço

Texto: Natalia Nora Marques
Fotos: Acervo

O Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) Georgina do Carmo Moreira, Zona Sul de São Paulo, criou um projeto de horta comunitária no início do ano em parceria com o Instituto Clelia Angelon e com a Unidade Básica de Saúde (UBS) Eduardo Richilian. O gerente do serviço, Nicolau Beltrão, conta que “sempre foi um sonho poder utilizar o espaço aberto que fica ao fundo do CCA, e a horta foi o projeto perfeito para isso”.

Durante o período de atividades remotas, foram desenvolvidos trabalhos pedagógicos com as crianças e os adolescentes sobre a relação da natureza com o corpo e sobre sustentabilidade. Nesse intervalo, a horta começou a ser montada no CCA para que quando eles voltassem às atividades presenciais, pudessem participar da plantação, manutenção e colheita.

Os atendidos são acompanhados diariamente pelos educadores enquanto regam as hortaliças e limpam os canteiros para que elas possam crescer e amadurecer. Quando colhidas, as verduras são preparadas pelos funcionários da cozinha para compor a alimentação dentro do CCA. Atualmente a meta do serviço é atender também as famílias dos conviventes através da horta, alguns deles já levaram as verduras para comer em casa.

Beltrão conta que “com o contato diário das crianças com a horta, elas descobriram o processo de plantar e tiveram mais curiosidade para experimentar vegetais novos”, além de se divertirem interagindo com a natureza. Essa melhora na relação dos atendidos com a comida foi bastante elogiada pelos pais e responsáveis, que futuramente serão convidados para conhecer e participar das atividades relacionadas à horta. Durante a execução do projeto, o Instituto Clelia Angelon ofereceu uma oficina de produtos de limpeza naturais e ecológicos para que as famílias dos atendidos pudessem fazer para consumir em casa ou para gerar renda.

Além do cultivo, os conviventes aprenderam por meio de experiências sobra a decomposição da matéria orgânica, o que serviu de base para a criação de um sistema de compostagem de folhas secas, cascas e outras partes não utilizadas de vegetais. Dessa forma, eles podem usar adubo natural na horta e diminuir a produção de lixo do CCA que vai para aterros sanitários.

foto de três atendidos pelo CCA lado a lado com as mãos sujas de terra após realizarem as atividades na horta