Texto: Natalia Nora Marques
Fotos: Acervo
Durante a manhã da última quinta-feira (21), o Núcleo de Convivência do Idoso (NCI) Canto da Melhor Idade, localizado na Zona Leste de São Paulo, exibiu o curta-documentário “Cê qué mentir pra preta velha?” que conta a história da construção do território a partir do protagonismo feminino e negro. O “cinedebate” foi organizado pelo Núcleo Teatral Filhas da Dita, grupo que está promovendo diversas sessões gratuitas do curta no território.
Segundo a gerente do NCI, Joara de Freitas, “muitas das atendidas estão no território desde que as primeiras moradias surgiram aqui”, por isso, diversas melhorias e modificações ocorridas na região foram fruto da luta e esforço dessas mulheres. Dentre as entrevistadas que contam suas histórias no documentário, três são conviventes do serviço: Fátima Regina, Cida Lopes e Benedita dos Santos.
Depois de assistirem ao filme, os conviventes participaram de uma roda de conversa com reflexões e resgate de memórias sobre as histórias que passaram desde a década de 1980. O curta-documentário reforça a importância das mulheres negras que se mudaram para a região, muitas vezes sem parceiros, e que conquistaram equipamentos de infraestrutura para Cidade Tiradentes.
Além das três conviventes que participaram do curta, a gerente conta que “todos se identificaram com as narrativas contadas e esse foi o objetivo do NCI e do grupo Filhas da Dita, a sensação de pertencimento que os atendidos experimentaram foi muito importante para a autoestima e o reconhecimento de uma luta de anos”.