Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social trabalha por uma sociedade antirracista

Funcionárias públicas negras da SMADS têm compromisso social com a população e com a construção da igualdade étnico-social

Arte em fundo étnico que apresenta fotos de seis mulheres negras que exercem diferentes funções na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).

Texto: Rosangela Araújo 
Arte: Lívia Vollet


No mês de reflexão e debate sobre a Consciência Negra, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) reconhece como fundamental o combate ao racismo estrutural e trabalha firme promovendo ações que contribuam para eliminar discriminações raciais e todo tipo de preconceito contra o povo preto. A SMADS caminha nesta direção, ao mesmo tempo que entende o quanto será necessário investir ainda para corrigir as injustiças e alcançar uma reparação histórica integral.

Com esse olhar, a gestão na secretaria desenvolve projetos importantes. Investe na qualificação permanente dos profissionais da rede socioassistencial, organizando jornadas de estudo, já constituiu este ano uma Comissão de Mediação das Relações no Ambiente de Trabalho (Comrelat), e celebra o profissionalismo e a incrível potência das trabalhadoras sociais negras.

São elas, as funcionárias públicas atuando na linha de frente ou no atendimento indireto dedicado à população mais vulnerável da cidade, que ilustram essa reportagem especial que conta novidades da SMADS e homenageia as trabalhadoras no Mês da Consciência Negra: as profissionais qualificadas que formam um grande time e atuam como propulsoras da defesa de direitos em diferentes níveis.

Salve, salve trabalhadoras sociais negras!

Para mostrar a força da mulher trabalhadora social negra na nossa SMADS conversamos com algumas delas sobre o papel que representam na caminhada de transformação para uma sociedade mais justa e igualitária. Essas profissionais estão atentas à superação das questões étnico-raciais e cada uma delas oferece dedicação e competência em sua área de atuação.

Jornada de Estudos para educar contra o racismo

Com o propósito de ofertar educação permanente aos profissionais da rede socioassistencial, neste último semestre do ano o Espaso Público de Aprender Social (Espaso) organizou uma Jornada de Estudos começando pela palestra “Racismo Institucional: Combatendo toda forma de discriminação e preconceitos nos espaços de trabalho, “ministrada pela Prof. Dra. Tais Pereira de Freitas, doutora em Serviço Social, e professora Adjunta da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

A jornada teve sequência com o tema “Racismo na Infância “, apresentado pela Prof. Mestre em Serviço Social, Márcia Campos Eurico. Ainda como parte da jornada de estudos houve a palestra “Combate do Racismo Institucional”, realizada pela secretária-executiva adjunta de Direitos Humanos e Cidadania, Elisa Lucas Rodrigues, e pelo coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Daniel Almeida dos Santos, ambos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos.

Todos os palestrantes conduziram reflexões sobre as discriminações raciais, legislação pertinente, procedimentos de denúncia relacionados à temática, como também, a melhor compreensão de como as violências raciais impactam o cotidiano das pessoas em qualquer circunstância, incluindo o ambiente de trabalho.

Porque é preciso mediar conflitos

A SMADS também destaca a todos que foi constituída, por meio da Portaria nº 01/SMADS/2021, a Comissão de Mediação das Relações no Ambiente de Trabalho (Comrelat), cuja finalidade é dar um primeiro tratamento a situações de supostas violências, sendo uma delas o racismo.
A comissão tem como princípio reconhecer a existência do racismo, construir estratégias para enfrentá-lo e impedir que se instale institucionalmente nas unidades de trabalho.
Também é possível denunciar situações de conflito e de racismo no ambiente de trabalho por meio do telefone 3291-9784 ou pelo e-mail: smadsmediacao@prefeitura.sp.gov.br.

Defesa da luta antirracista

É nos territórios em que se encontra a maior parte do povo preto que estão implantados os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e a rede socioassistencial para atendimento, acolhida e encaminhamento das demandas dessa população.

Nessas áreas de risco social trabalham os profissionais da Política Municipal de Assistência Social; que não perdem de vista o fato de que a sociedade ainda vive no mito da democracia racial, e, portanto, é cada vez mais necessário desenvolver um trabalho de conscientização e identificação das práticas de caráter discriminatórios, ao mesmo tempo em que se oferta proteção social para combater todas as formas de opressão e preconceito.

Racismo é crime!
A população pode denunciar crimes de racismo por meio do número 156
Podem procurar os CREAS para os devidos encaminhamentos necessários. É possível acessar a lista nos seguintes
endereços: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/protecao_social_especial/index.php?p=2003
Centros de Referência da Igualdade Racial – coordenados pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/igualdade_racial/rede_de_atendimento/index.php?p=270197

Nossa feminagem e valorização a todas as trabalhadoras negras que compõem o quadro da SMADS.

Arte em fundo étnico que apresenta fotos de seis mulheres negras que exercem diferentes funções na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).