Prefeitura de São Paulo aumenta número de atendimentos sociais na cidade em 2022

Os atendimentos realizados este ano, comparados a 2021, revelam crescimento de até 56% no número de pessoas atendidas pelos serviços da rede socioassistencial

Homem com camisa e boné azul está sentado com criança no colo. A frente deles tem uma mesa com um computador em cima e uma mulher de máscara faz o atendimento.

Os atendimentos nas unidades do CRAS cresceram 24% de 2021 para 2022
 

Texto: Roberto Vieira com colaboração de Lorenzo Petillo
Foto: Acervo
 

Nos últimos anos, principalmente em razão dos impactos causados pela pandemia de Covid-19 e seus reflexos econômicos, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), tem buscado criar medidas para ampliar o alcance das ações e programas sociais na cidade.

No âmbito da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, o banco de dados do Observatório da Assistência Social aponta que, somente no primeiro semestre de 2022, os 54 CRAS (Centros de Referência e Atendimentos Sociais) realizaram pouco mais de 236 mil pessoas atendidas, frente a 189 mil registradas no mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de mais de 24%.

É importante considerar a relevância desses dados, uma vez que os CRAS são considerados a principal porta de entrada aos serviços da rede socioassistencial da Prefeitura. Dentre os diversos serviços disponíveis neste atendimento estão o cadastramento para acesso aos programas de transferência de renda, por meio do CadÚnico.

Nos demais equipamentos espalhados pela cidade também é possível identificar o crescimento da população atendida. Nos Centros Pop, que são unidades prestadoras de serviços a pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade social, o atendimento cresceu 56% de 2021 para 2022, em um recorte de janeiro a julho. No ano passado, 12.475 pessoas foram atendidas nos seis Centros Pop da capital. Já em 2022, o número de munícipes atendidos pelo serviço foi de 19.567. Em sete meses, essas unidades já atenderam 75% do total realizado ao longo de 2021.

Já nos CREAS (Centros Especializados de Assistência Social) o crescimento no atendimento também ocorreu de maneira significativa. Entre os meses de janeiro a julho de 2021, quase 8 mil pessoas foram atendidas nas 30 unidades do CREAS. Em 2022, esse número subiu 11 mil, ou seja, 37% superior.

Os CREAS são unidades públicas que organizam serviços de assistência social voltados a famílias ou pessoas vivendo situações de violência, violação de direitos ou risco à vida. Cabe destacar ainda que os dados acima se referem a pessoas atendidas e que cada uma delas pode ter tido uma ou mais solicitações de atendimento.

Atendimentos em outros serviços da rede

Os atendimentos as pessoas que possuem algum tipo de deficiência também foram superiores a 2021, seguindo o mesmo período de comparação, de janeiro a julho. Foram 37.428 atendimentos no ano passado, e 39.233 neste ano.

Este levantamento leva em consideração os atendimentos registrados em diversos serviços da rede socioassistencial da Prefeitura. São eles: NAISPD (Núcleo de Apoio à Inclusão Social), CCA (Centro para Crianças e Adolescentes), NCI (Núcleo de Convivência para Idoso), CCINTER (Centro de Convivência Intergeracional), CEDESP (Centro de Desenvolvimento Social e produtivo), CJ (Centro para Juventude), SPVV (Serviço de Proteção a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência), Circo Social, CDCM (Centro da Defesa e Convivência da Mulher), SMSE-MA (Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto), Restaurante Escola, Bagageiro, CDI (Centro Dia para Idosos), Núcleos de Convivência, SASF (Serviço de Assistência Social à Família) e CRECI (Centro de Referência do Idoso).

Acolhimentos

Em outra perspectiva, os acolhimentos realizados pela Secretaria, em todas as suas tipologias, também aumentaram de maneira significativa. De janeiro a julho de 2021, a gestão municipal realizou pouco mais de 3,1 milhões de acolhimentos na rede. Em relação ao mesmo período de 2022, o número de acolhimentos já é de quase 3,8 milhões, o que representa um aumento de 17,8%.

A ampliação gradativa do número de vagas de acolhimentos foi relevante nos primeiros sete meses de 2022. Para se ter uma ideia, em julho de 2021, a SMADS dispunha de pouco mais de 16 mil vagas na rede e realizou, neste período, cerca de 450 mil acolhimentos, uma média de 14,5 por dia. Em julho deste ano, houve registro de cerca de 580 mil acolhimentos, com média diária de 18,8, e um quadro de vagas superior a 20 mil em toda a rede.

Equipamentos inaugurados

Este ano, a SMADS entregou 11 novos serviços no âmbito da Proteção Básica e Especial, de Alta e Média complexidade, e isso contribui efetivamente para o aumento da capacidade de atendimento da rede.

Básica. Um CCInter, com 180 vagas, e dois CEDESPs, com 160 vagas em cada serviço.

Especial de Média Complexidade. Foram abertas 120 vagas em um NPJ (Núcleo de Proteção Jurídico Social e Apoio Psicológico) e 80 vagas em um novo SPSCAVV.

Especial de Alta Complexidade. Um Centro de Acolhida Especial (CAE) para Mulheres, com 30 vagas, dois CDI's, que totalizam 120 vagas, um serviço de Família Acolhedora, com 30 vagas, uma República para Adultos, com 15 vagas, e uma República Jovem, com seis vagas.

Operação Baixas Temperaturas

Durante a OBT (Operação Baixas Temperaturas), que teve início em 30 de abril e vai até 30 de setembro desse ano, foram criadas até o momento 2.049 vagas de acolhimento. Em 2021, foram criadas 1.110 vagas.

A ampliação das vagas de pernoite no âmbito da OBT em 2022 se deu em sete Centros Esportivos que foram cedidos pela Secretaria Municipal de Esportes (SEME), com 661 vagas, sete Núcleos de Convivência para adultos, com 400 vagas, em novos serviços, além de outras vagas aditadas em equipamentos já existentes.