Texto: Matheus Nascimento
Fotos: Divulgação
O CDCM (Centro de Defesa e Convivência da Mulher) Sônia Maria Batista, localizado no bairro do Ipiranga, zona sul da cidade, realizou no último dia 19 de outubro mais uma edição do ‘Chá das Sônias’, evento mensal que, desta vez, contou com a participação da assistente social Mara Marinho, da UBS (Unidade Básica de Saúde) Delamare. A campanha “Outubro Rosa’ de prevenção ao câncer de mama e colo de útero, bem como discussões sobre a vivência familiar e relacionamentos foram os temas abordados. Esses são pontos que são fundamentais para a defesa e proteção das mulheres em situação em violência.
Paula da Silva Machado, psicóloga da unidade, disse que as mulheres conseguiram entender a importância da conscientização do câncer de mama e que as conversas com a assistente da UBS foram determinantes. “Foi feita uma dinâmica pela assistente, utilizando um espelho.
A proposta era que as mulheres contassem sobre elas e que reconhecessem suas qualidades”, afirmou. A assistente ofereceu uma explicação ampla sobre o tema, apresentando para as mulheres informações básicas e aprofundadas sobre o câncer de mama.
O Chá das Sônias ocorre sempre na terceira quarta-feira do mês e surgiu a partir de ideias da equipe da unidade para que fosse implementado um momento de troca, engajamento político e social das mulheres que utilizam o serviço.
A ação nasce a partir da reconfiguração do tradicional Chá Inglês, em que tomar chás e comer bolos é comum enquanto, em torno de uma mesa, pessoas conversam sobre diversos assuntos. No CDCM Sônia Maria normalmente se discute a educação política, pública e social das mulheres sobre diversos temas ligados ao enfrentamento da violência doméstica.
Nos últimos dias, esses temas foram trabalhados com as mulheres em algumas oficinas. As áreas em que as mulheres atuaram nessas atividades foram: informática, história do trabalho, culinária, arte e terapia, e, não menos importante, sobre o acesso aos direitos e aos diferentes espaços na sociedade. “O principal objetivo da palestra e também das oficinas é trabalhar o empoderamento, a autonomia e o fortalecimento das mulheres que frequentam o serviço, tornando-as detentoras de direitos sociais e políticos”, disse Paula.
Os atendimentos nos CDCM são individuais e coletivos, isso facilita o trabalho dos profissionais que conseguem verificar as semelhanças e diferenças nos casos de cada mulher. Eles também disponibilizam alternativas que contribuam para a vida da mulher, da família e principalmente na superação da situação de violência.
