Crianças e adolescentes visitam centros culturais da capital

"Conhecendo espaços de lazer e cultura do território" é um projeto que ocorre desde 2019

Crianças vestindo camisas amarelas estão na frente da porta de um Cofre. Ao fundo, duas crianças também de camisetas amarelas interagem com a porta do cofre.

 

Texto: Victor Benevides
Fotos: Acervo

A convite das orientadoras sociais, na quarta-feira (19/10), os atendidos do Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) - AMAS Liberdade, localizado na zona central, participaram de atividades em espaços culturais no Centro da capital. No total, 90 atendidos participaram das atividades. Por escolha das profissionais do serviço, os mais novos foram ao Centro Cultural São Paulo (CCSP), no Paraíso, e os adolescentes foram ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no centro histórico.

As atividades para a criançada iniciaram já no trajeto do CCSP. Como introdução ao mês da consciência negra, eles observaram o mural de autoria da artista Criola, que expressa relevância do povo negro para o bairro da Liberdade. O jovem Heike Alves faz uma alusão ao outubro rosa ao admirar o mural: “Uma mulher negra muito bonita com o cabelo enrolado. Pra mim representou coragem para as mulheres com câncer de mama, significou uma coisa boa.”.

No brinquedoteca do Centro Cultural São Paulo, vestindo amarelo, crianças estão sentadas no chão enquanto a funcionária do Centro Cultural está contando uma história.
Crianças prestam atenção na história contada pela funcionária Patricia, do CCSP.

Segundo a coordenadora social Raquel Freitas, o primeiro momento foi de interpretação livre para os atendidos. “As crianças e adolescentes estão tomando conhecimento da arte urbana do território para se aprofundar no tema da consciência negra em novembro.”, disse Raquel. Além de admirar o mural da artista Criola, os atendidos do CCA AMAS Liberdade ainda foram à brinquedoteca do CCSP e ouviram histórias e, em seguida, brincaram no jardim.

Já os adolescentes que visitaram o CCBB visitaram o cofre e ficaram surpresos com a estrutura de banco do equipamento. Joaquim Vitalino, de 08 anos quis usar o cofre junto dos colegas. “Eu gostei, nós ficamos imaginando o que guardaríamos no cofre. ” No trajeto, os adolescentes observaram o grafitti da artista Hanna Lucateli, também ativista do movimento negro. A jovem Cathariny Almeida, 9 anos, também deu sua opinião sobre o grafitti. “Eu vejo uma mãe com dois filhos, que além de trabalhar, sustenta suas crianças.” A visita no CCBB foi tão positiva e agregadora, que os adolescentes já têm data marcada para voltar ao espaço e visitar a exposição Play Mood, que recém iniciou. 

Mural da artista Hanna Lucatelli mostra uma mulher segurando uma criança no colo,  enquanto há outra criança em seu ombro.  Há uma auréola na mulher, e uma esfera vermelha acima de sua cabeça.
Mural da artista Hanna Lucatelli