Serviços de acolhimento e convivência da rede socioassistencial contribuem para a mudança de vida dos atendidos

Rodas de conversas e trocas de experiências são exemplos de atividades realizadas diariamente com os atendidos nos serviços da SMADS visando gerar reflexões na busca pela autonomia e criação de vínculos familiares

Texto: Victor Benevides
Fotos: Acervo

A rede socioassistencial da Prefeitura dispõe de serviços de acolhimento e convivênciaque trabalham intensamente todos os dias, em todas as regiões da cidade,no processo de autonomia, garantia de direitos e qualidade de vida de seus acolhidos e atendidos. As ações são realizadas por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). São feitas atividades voltadas a cada público de diferentes tipologias, além do trabalho diário dos orientadores sociais de cada serviço.

O Centro de Acolhida (CA) ‘Guaianases II’, localizado em Guaianases, zona leste da Capital, com 220 vagas, é um dos exemplos desse trabalho visando a autonomia. Rubens Geraldino (65) e Antônio Andrade (57) estavam acolhidos no CA ‘Guaianases II’ e deixaram o serviço no final de 2022 por terem conquistado suas próprias moradias.

Desde que foi acolhido no serviço, Antônio sempre evidenciava sua vontade de mudar de vida. Hoje, vivendo em sua moradia própria, Antônio colhe frutos de sua perseverança e demonstra gratidão pelo apoio de todos os orientadores do CA ‘Guaianases II’. Antônio provou para si mesmo que é possível a mudança de vida, basta acreditar e lutar pelo o que almeja. Sendo assim, já planeja o futuro com muito trabalho para que venham novas conquistas.

“O apoio dos orientadores foi essencial. Eles perceberam o meu desejo de mudança de vida e me auxiliaram muito”, afirmou Antônio.

Antônio, vestindo o uniforme do trabalho

Trabalhando no CA ‘Guaianases II’ há um ano e seis meses, a orientadora social Gisele Barros (32) conta como são realizadas, com os acolhidos, as atividades no serviço, as quais Rubens e Antônio participaram enquanto estavam utilizando o serviço de acolhimento da rede socioassistencial da Prefeitura em busca da tão sonhada autonomia.

“Além da aquisição de conhecimento, são realizadas rodas de conversa, tendo como objetivo proporcionar reflexão, troca de saberes e de experiências de vida”, relatou a orientadora.

Para além da autonomia financeira, os serviços de acolhimento contribuem também com o fortalecimento de diversos vínculos sociais, sejam eles empregatícios ou até mesmo familiares. Foi o caso de Rubens, que conquistou sua moradia própria, retornou a conviver com familiarese pôde fortalecer estes laços, como conta sua irmã Rosangela Camargo (58):

Rubens e sua irmã Rosângela 

“Passamos o Natal juntos e foi bem especial. Agora precisamos dar nosso apoio na mudança de vida dele”, disse Rosangela.

A Prefeitura de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina que conta, atualmente, com mais de 19 mil vagas de acolhimento para população em situação de rua. Dentre os serviços estão os Centros de Acolhida para População em Situação de Rua, Repúblicas para Adultos, Núcleos de Convivência para Adultos em Situação de Rua, entre outros serviços da rede.