CRECI Anhangabaú promove palestra sobre Desequilíbrio Emocional na Terceira Idade

O espaço oferece frequentemente atividades de apoio psicológico para que atendidos trabalhem questões pessoais

 Na foto estão presentes dezessete conviventes, Na frente deles está a psicóloga Jessica Gonzaga

Texto: Giulia Rodrigues

Fotos: Ana Luiza Martins

O Centro de Referência do Idoso (CRECI) ‘Anhangabaú’, localizado no centro de São Paulo, realizou na última segunda-feira (13) uma palestra sobre Desequilíbrio Emocional na 3ª Idade, campanha criada no espaço após o período de pandemia, que tem como objetivo trabalhar o controle de problemas que possam afetar a saúde física e mental da pessoa idosa.

Após a ordem de isolamento social, cerca de dois bilhões de pessoas ficaram confinadas em todo o mundo e, neste período de quarentena, muitas outras doenças, inclusive as mentais, foram minimizadas devido ao crescimento de casos do coronavírus. A gerente do CRECI, Claudia Alencar, contou que sentiu a necessidade de falar sobre o assunto devido ao surgimento de muitos casos de depressão entre os atendidos durante a pandemia. “Temos uma atendida que tem feito acompanhamento, tanto com a psicóloga, quanto com o assistente social, para trabalhar problemas que surgiram durante o isolamento social. Hoje, a gente percebe a melhora e o quanto ela está ativa nas oficinas”, relatou.

Além disso, ela ressalta que, para os idosos, o espaço é lugar de conforto. “Eles me falam que o CRECI é o remédio que cura os problemas. As atividades fazem muita diferença na vida de cada um”.

Na foto os conviventes estão sentados em cadeiras pretas enquanto acompanham a palestra. No fundo, fotos estão coladas nas paredes

Zoraide, atendida do serviço há 18 anos, tem 81 anos e enfrentou a depressão durante a pandemia em 2020. Ela destaca que passou muitos meses sem saber o que exatamente estava sentindo antes de ter um diagnóstico. “O único medo que sempre tive na vida foi esse: Não saber expressar como estou me sentindo. Passei por um período difícil em que acordava me sentindo vazia e não tinha vontade de fazer nada”, disse. Ela ainda conta que as pessoas que conheceu no CRECI foram essenciais para ajudá-la a ficar bem. “As pessoas que convivo aqui me ajudaram a melhorar. Depois que me aposentei, não sabia o que fazer, mas aqui tenho a chance de ser uma pessoa ativa. Aprendi com o CRECI como crescer”, finaliza.