SMADS inicia capacitação de servidores que atuam diretamente com população em situação de rua

As palestras são fruto de parceria entre SMADS e UNIFESP e acontecem ao longo de 2023

 

Na foto, um senhor está sentado a frente de uma mesa de madeira em cima de um palco. Ao redor do espaço, pessoas estão sentadas prestando anteção na fala do homem. O chão é em madeira clara, as paredes são brancas com detalhes em madeira escura, e há cortinas verdes intercaladas entre as paredes. 

Texto e foto: Ana Luiza Martins

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) iniciaram, na manhã desta quinta-feira (02), as aulas de capacitação dos orientadores socioeducativos e assistentes sociais da Prefeitura que atuam em serviços diretamente ligados a população em situação de rua, tais como Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), Centro Pop, Centro de Acolhida (CA) e Núcleo de Convivência.
Serão três aulas, sendo uma por semana e os participantes estão divididos em sete turmas com cerca de 100 pessoas cada. Hoje, participaram 116 profissionais, das 09 às 13 horas, dentro do auditório da Universidade, localizada na Vila Clementino, zona sul de São Paulo. No primeiro semestre quatro turmas passarão pela capacitação e mais três turmas na segunda metade do ano.

O objetivo desta parceria é a capacitação dos profissionais, especialmente, em abordagens realizadas diariamente com pessoas em situação de rua e que estão em cena de uso de drogas e álcool. Essa programação é parte do eixo de 'Dependência química e prevenção', previsto no planejamento do programa 'ProvocAção', feito pelo Espaço Público de Aprender Social (ESPASO), vinculado à SMADS.

 

Na foto, pessoas estão sentadas assistem uma palestra. O espaço é cercado de detalhes em madeira nas paredes e luzes em branco quente. Entre as pessoas, uma mulher em desatque segura o  celular, e fotografa o telão no fundo, que tem um breve resumo sobre "Epidemiologia"

 

André Batista, assistente social do Centro de Acolhida (CA) - Arsenal da Esperança, na região da Mooca há sete meses, afirma que a capacitação é fundamental para ele, principalmente, pelo pouco tempo que ele está atua com este público. “Esses eventos de capacitação são muito importantes, porque na faculdade as coisas acontecem muito rápido, então estar num espaço como esse ajuda a tirar todas as dúvidas”, afirmou.
Ele ainda acrescentou que a aula auxilia a todos a entender como a dependência química funciona e desmistificar o assunto. “Falar sobre o tema da dependência química aqui, ajuda a gente a perceber e entender sobre como trabalhar com uma pessoa que utiliza substância química”.

Já para a gestora de parcerias e assistente social do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) Perus, Erica Vovichen, as aulas são importantes para auxiliar com as demandas de cada equipe. “Elas vêm dialogar com as necessidades que as equipes têm ao atender a população em situação de rua, é o objetivo do curso e é o que estamos tentando ofertar”, relata a profissional.
Durante o encontro, os profissionais tiveram espaço para compartilhar histórias vividas no trabalho, experiências e informações entre os profissionais. “Os diálogos e discussões que temos aqui são positivos e produtivos para todas as equipes”, complementou Vovichen.

 

Na foto, diversas pessoas estão atentas para a mesma direção. Todos seguram cadernos e canetas, e grande parte deles estão escrevendo nos cadernos.