CCInter ‘Educador Paulo Freire’, em Sapopemba, leva os atendidos a desbravar São Paulo

Proposta busca a autonomia de escolha das pessoas e auxilia na inclusão e no conhecer cultural

Um casal de idosos se abraça em frente a um painel que apresenta uma imagem de um lugar na Coreia do Sul durante a noite.

Texto: Sabrina Ribeiro
Fotos: Acervo

No dia 11 de julho, o Centro de Convivência Intergeracional (CCInter) ‘Educador Paulo Freire’, localizado no Jardim Sapopemba, zona leste de São Paulo, inaugurou sua nova oficina ‘Desbravando SP’. A iniciativa tem o objetivo de levar os atendidos a explorarem a diversidade da cidade e buscar o direito a inclusão nos ambientes culturais.

Na semana anterior, o serviço realizou um ‘tour virtual’, em que as pessoas atendidas exploraram os principais pontos turísticos da cidade a fim de compartilharem seus interesses e curiosidades sobre lugares específicos. Esta ação prioriza a identidade individual de cada um a partir de seus gostos. De acordo com Monique Everin Leme, 34, técnica especializada, a ideia é fazer com que os atendidos conheçam lugares próximos e que saibam que são acessíveis a eles. “Tem muitos lugares que essas pessoas não conhecem, e essa é nossa ideia. Buscamos levar todos para que participem e tenham essa interação”, explica.

As oficinas, que acontecem todas as terças-feiras, são montadas com base na opinião e preferência de todos e, na semana seguinte, são realizadas as visitas pela cidade.

Os atendidos do CCInter estão posando para a foto em frente a um cenário com muitas árvores.

Na última terça-feira (18), os atendidos foram para os lugares através de monotrilho e metrô, tendo em vista que muitos deles nunca usaram esses meios de transporte. Eles visitaram o parque ‘Tenente Siqueira Campos’, onde aproveitaram do verde da floresta em contraste com os prédios do centro da cidade.

Eles também conheceram o Centro Cultural Coreano, localizado na Avenida Paulista, onde aconteceu a Exposição ‘Luzes da Coréia’, que traz a experiência do ‘Festival das Lanternas’ para o Brasil.

A gerente do serviço Elizandra Antonia Delon Oliveira, 34, explica que o projeto vai além das atividades externas, visando principalmente o direito dessas pessoas de conhecer a cidade. “Desbravando SP é sobre quebrar as barreiras do acreditar que aquele lugar não me pertence, incentivando a todos que eles podem e devem usufruir de todos os lugares, pois São Paulo é nossa”.