O prefeito de São Paulo vistoriou nesta terça-feira (03/01) as ruas às margens do córrego Pirajussara afetadas pelas chuvas das últimas horas, que provocaram o transbordamento do rio, no Jardim Jussara.

Em uma visita à casa do líder comunitário Djalma Kutxfara, coordenador da entidade Combate às Enchentes do Pirajussara e Poá (CEPP), o prefeito conheceu um sistema de sirenes instalado artesanalmente na varanda para avisar aos moradores quando o rio estiver transbordando.

Quando chove forte, Kutxfara é regularmente avisado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) sobre o risco de cheias. Na madrugada desta terça-feira, o líder comunitário acionou as sirenes à 1h20. Ele havia recebido avisos do CGE desde as 23h40.

Após os primeiros avisos, ele foi de carro a cinco piscinões da região da Bacia do Pirajussara, que juntos têm capacidade de armazenamento de 600 mil m³, e viu que quatro deles já estavam cheios. Com isso, decidiu acionar as sirenes, que alcançam o um raio de até 500 metros.

Prevenção

O prefeito elogiou a iniciativa de Djalma. ''Achei admirável, porque ajuda os moradores a se prevenirem. Quando há uma calamidade natural - que não há como evitar -, a prevenção e o alerta permitem salvar coisas, tomar precauções, proteger a vida'', disse o prefeito, ressaltando que apesar do volume das chuvas da madrugada (o correspondente a um terço do que era previsto para todo o mês de janeiro), a Prefeitura agiu rápido e limpou as ruas já pela manhã.

O líder comunitário mora no bairro desde 1970 e decidiu instalar as sirenes em 1998, para permitir uma saída mais rápida das casas quando houvesse risco de enchente. Segundo ele, as cheias no bairro começaram nos anos 80, com o processo de impermeabilização da cidade.

O índice pluviométrico na Bacia do Pirajussara foi de 77mm nesta madrugada.

Além do prefeito, visitaram a região o vice-prefeito, o secretário de coordenação das Subprefeituras e os subprefeitos de Campo Limpo e do Butantã.