Heliópolis vai ganhar cara nova. A maior favela de São Paulo e a segunda maior do país, com 125 mil habitantes, passa por um processo de urbanização, que inclui a canalização do córrego Sacomã, a pavimentação de ruas e vielas, a implantação de redes de água e esgoto e a regularização das construções.

“Estamos trabalhando com afinco naquele que é um propósito fundamental da Prefeitura: transformar favelas em bairros, para que as pessoas possam ter uma vida decente”, afirmou o prefeito, em visita à área nesta quinta-feira (05/01).

O prefeito aproveitou para anunciar o Programa de Regularização Fundiária em toda a cidade de São Paulo, beneficiando as famílias que vivem irregularmente em áreas públicas. Nesta primeira etapa, estima-se que 40 mil famílias serão atendidas. “Estamos implantando o Programa em toda a cidade, e anunciamos hoje a integração da gleba K de Heliópolis, providência que vai beneficiar 10 mil famílias, com a regularização da posse do terreno”, disse o prefeito.

No primeiro semestre de 2006 será concluída a regularização em cartório e iniciada a licitação para as obras de urbanização. O programa atingirá ainda 11,5 mil famílias em áreas particulares e 63 mil da Cohab.

Urbanização

Duas glebas de Heliópolis já estão em processo de urbanização: a A, onde o prefeito esteve hoje, e a N. O córrego Sacomã, considerado pelo prefeito “um problema crônico e antigo”, já teve 200 metros canalizados e os 340 metros restantes estarão prontos em 30 meses, a um custo total de R$ 6 milhões.

As vias que margeiam o córrego serão pavimentadas e as famílias removidas do local ficarão em alojamentos provisórios até o término das novas moradias, o que deve ocorrer em 60 dias. Nas glebas A e N, 2.907 famílias serão beneficiadas pelas melhorias.

Vale destacar, ainda, que os contratos para a execução das obras, que eram de R$ 81 milhões, foram renegociados e reduzidos para R$ 53 milhões pela atual administração.