A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) dá mais um passo para a execução do programa ''Ação Família - Viver em Comunidade'' no município.

A partir desta segunda-feira (16/01), os 255 agentes responsáveis por atender 337 mil famílias em situação de alta e muito alta vulnerabilidade social (13% da população do município, residente nos bairros periféricos) iniciam os trabalhos de abordagem.

Temas como cooperativa, economia solidária e alternativas de geração de renda, identificação das potencialidades de cada região, oficinas de artesanato, integração social, promover o fortalecimento e a emancipação das famílias, atividades culturais e esportivas são alguns dos assuntos que serão abordados no programa de capacitação que prossegue até 17 de fevereiro.

Cadastro

Paralelamente a esta capacitação, cerca de 450 agentes sociais iniciaram o cadastramento domiciliar, que já contou cerca de 60 mil famílias. A meta, segundo a secretaria, é atingir 100 mil em fevereiro.

As famílias cadastradas no Ação Família que se enquadrarem nos critérios de um dos programas de transferência de renda dos três níveis de governo (Renda Mínima, Renda Cidadã e Bolsa Família), terão prioridade. Elas também serão priorizadas no São Paulo é uma Escola (o Pós-Escola), nas unidades de Saúde e nos programas de trabalho e na rede de serviços públicos governamentais e não-governamentais.

Capacitação

Para Ligia Pimenta, coordenadora do programa, os agentes serão habilitados no curso para fazer visitas domiciliares com o propósito de diagnosticar as demandas de cada família e comunidade, discutir soluções e propor encaminhamentos à rede de serviços das pastas de Assistência e Desenvolvimento Social, Trabalho, Educação, Saúde, Esportes, Cultura, Coordenação das Subprefeituras, Participação e Parceria, Habitação e Verde e Meio Ambiente, além da Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida e da Comissão Municipal dos Direitos Humanos.

A capacitação envolverá diversas questões metodológicas, tendo em vista o diálogo e exercícios de vivência. O curso também vai subsidiar as equipes com informações para o gerenciamento do programa, que terá o monitoramento das ações implantadas no município.

O Programa

Em 2006, serão beneficiadas 130 mil famílias dos 31 CRAS e dos 13 distritos mais vulneráveis: Campo Limpo, Jardim Ângela, Jardim São Luiz, Parelheiros, Grajaú, Cidade Dutra, Cidade Tiradentes, Lajeado, São Rafael, Iguatemi, Brasilândia, Rio Pequeno e Raposo Tavares.

Cada família ficará no programa por 12 meses, passando por três fases: Vida em Família, Família na Comunidade e Vida de Direitos e Deveres. Para serem atendidas, elas devem morar no município há dois anos e ter filhos na faixa etária entre 0 e 16 anos.

O desenvolvimento do ''Ação Família - Viver em Comunidade'' ocorre em 31 Centros de Referência da Assistência Social. Nos distritos onde há grande concentração de famílias vulneráveis, será utilizado o sistema de convênio com organizações não-governamentais - os Centros de Referência Ação Família (CRAF).