Centro mais colorido nos 452 anos de São Paulo

Projetos da Subprefeitura da Sé em parceria com a iniciativa privada estão deixando o Centro mais colorido. Durante a semana, cinco projetos serão inaugurados. Outros 40 trabalhos estão prontos, aguardando parceiros interessados.

No aniversário da cidade de São Paulo, a Subprefeitura da Sé apresenta projetos desenvolvidos em parceria com empresas e entidades, que estão dando um novo colorido ao Centro.

São diversas iniciativas como a restauração das palmeiras centenárias da Praça Ramos, a reforma da Praça Dom Gaspar, os novos canteiros da avenida Rui Barbosa, o novo jardim do Pateo do Collegio e a revitalização das fontes da avenida Nove de Julho e do Largo da Pólvora.

No Pateo do Collegio, onde São Paulo foi fundada, haverá plantio de grama amendoin e aves do paraíso em comemoração aos 452 anos da Cidade. O evento contará com a presença de 40 jovens, integrantes da Sukyo Mahikari, entidade que apóia a iniciativa. Outra novidade é a recuperação paisagística do Largo da Pólvora, na Liberdade.

O projeto foi desenvolvido pela Prefeitura e executado pela organização não-governamental japonesa OISCA-Brasil. Além da poda das árvores e dos cuidados com a vegetação, a área, de estilo japonês, erá seus lagos internos cheios novamente. A inauguração será no dia 28, durante as festividades do Ano Novo Chinês.

As fontes da avenida Nove de Julho, que ficam nas laterais do Túnel Daher Cutait, foram revitalizadas em parceria com a Racional Engenharia. A obra teve início em dezembro de 2005 e incluiu a instalação de novas bombas para ativação das cascatas de água, sistema elétrico e hidráulico, conserto das impermeabilizações, revitalização das pinturas e instalação luminotécnica.

Além da fonte, os dois canteiros ganharão novo projeto paisagístico, assinado pela Subprefeitura da Sé, com fórmios amarelos, crinuns cor de rosa e moréias amarelas. A inauguração será feita no dia 26, às 20 horas, com a presença do subprefeito da Sé Andrea Matarazzo e do presidente da Racional Engenharia, Newton Simões.

Palmeiras da Praça Ramos

Pela primeira vez, as palmeiras centenárias da Praça Ramos de Azevedo vão receber tratamento fitossanitário para recuperação estrutural. Elas estão impregnadas de brocas, cupins e fungos e apresentam risco de queda.

A manutenção da praça é feita pela Companhia Brasileira de Alumínio, que acabou de renovar o termo de cooperação com a Prefeitura, no qual assumiu o restauro das históricas palmeiras imperiais - cujas primeiras plantas no Brasil foram um presente recebido pelo rei D. João, que as plantou na inauguração do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1808.

A Praça Dom Gaspar vem sendo reformada desde meados de 2005 e agora a Maringá Turismo, responsável pela área até 2008, mostra à população o projeto que busca, principalmente, evitar a depredação dos canteiros. Foram instaladas pequenas grades e plantas que inibem o uso das áreas por cachorros e evitam que se ande sobre a vegetação. Outro cuidado tomado foi o de fazer canteiros para impedir que carros estacionem sobre a praça.

Avenidas e ruas perfumadas

Para a avenida Rui Barbosa, a Subprefeitura da Sé desenvolveu novo projeto paisagístico, implantado, até agora, no trecho entre a avenida Conselheiro Carrão e a rua Manoel Dutra. No novo projeto, plantas nativas e exóticas, como ipê amarelo brasileiro, manacá da serra, anão brasileiro, amendoim ornamental brasileiro, jasmins imperadores e damas-da-noite.

Para o arquiteto Andre Graziano, assessor técnico da Subprefeitura da Sé e responsável pelos projetos paisagísticos, “a nova aparência da avenida Rui Barbosa mostra como essas espécies podem melhorar a estética da cidade, a cobertura vegetal e diminuir os gastos com a manutenção em pouco tempo”.

Termos de Parceria

Todos os projetos que serão inaugurados na semana do aniversário da cidade foram feitos através de termos de cooperação, que unem o Poder Público, a iniciativa privada e cidadãos nos cuidados com a Cidade.

Adotar uma área pública hoje tornou-se um processo simples, sem a burocracia que desestimulava qualquer parceiro. Basta entrar com um processo na subprefeitura mostrando a intenção de cuidar de uma praça, um canteiro ou um muro, por exemplo.

Os documentos necessários variam de acordo com os diferentes públicos (pessoa física, jurídica ou agentes de promoção) e a proposta é feita em envelope lacrado, como em uma licitação. A intenção é publicada no Diário Oficial. Havendo dois interessados na mesma área, uma análise técnica define a melhor proposta.

A Subprefeitura da Sé faz o projeto paisagístico dentro das diretrizes ideais utilizadas para o Centro e o fornece, sem custos, para o parceiro. Nos projetos, prioriza plantas com rusticidade, qualidade de folhagem e floração, pequeno porte, perfume e baixa manutenção. O parceiro executa o projeto desenvolvido pela subprefeitura e escolhe a empresa que desejar. O papel da subprefeitura é dar apoio técnico em todos os momentos da parceria e fiscalizar a execução da obra.

Existem, hoje, 40 termos de cooperação assinados, representando 17,7% da área verde da Sé. Em 2003 foram firmados cinco termos. No ano seguinte, seis. Em 2004 esse número saltou para 23 e a idéia é aumentar ainda mais. A meta é ter 50% das praças e canteiros adotados até o fim de 2006 e a Subprefeitura da Sé já tem 40 projetos prontos à espera de parceiros.

O processo de adoção, que já chegou a durar quase um ano, está mais ágil. Entre manifestar o interesse em conservar determinada área e a conclusão do projeto, o prazo é de no máximo dois meses.