Descentralizar as ações e capacitar profissionais para aprender a lidar com a questão do uso indevido de drogas. Esse é o objetivo de um projeto que está sendo gestado entre a Secretaria de Participação e Parceria, através do Conselho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool (COMUDA), e a Secretaria Nacional Antidrogas.

A iniciativa terá como público-alvo educadores e funcionários das escolas públicas municipais. Segundo o secretário nacional Antidrogas, Paulo Roberto Uchôa, os educadores têm sob sua responsabilidade o contato com as crianças, com os pais e com toda a comunidade escolar. "Por isso devem estar preparados para enfrentar o problema das drogas", disse.

Ele afirma que educadores devem não somente saber o que é droga, maconha ou cocaína, mas também estar preparados para identificar o problema em um estudante e orientar e sua família sobre como ajudá-lo. "Além disso, devem atuar em programas de prevenção, orientando os estudantes sobre os perigos e os riscos do consumo". O modelo a ser desenvolvido pela Prefeitura se inspira em projeto-piloto já realizado em âmbito nacional.

Parceria

A Secretaria Municipal de Educação também atuará como parceira do programa. A participação de São Paulo no trabalho de capacitação de educadores significa a preocupação do município em enfrentar o problema das drogas e atuar em ações educativas preventivas. "Através do êxito do projeto, será possível expandi-lo para os demais municípios brasileiros, tendo como base o modelo paulistano", explica Uchôa.

"A questão das drogas sempre é uma prioridade de política pública e a cidade de São Paulo não pode ficar distante de ser o condutor de uma série de políticas que poderão refletir em outros municípios", afirma o presidente do COMUDA, Luiz Alberto Chaves de Oliveira.

Segundo ele, observando a ação e o resultado na Capital, outros municípios poderão adotar políticas similares. "Por isso a nossa função é criar condições para que se desenvolvam várias ações, principalmente preventivas, em conjunto com o Conselho Estadual de Entorpecentes e com a Secretaria Nacional Antidrogas, que constituem o eixo de atuação na política nacional sobre drogas", diz Oliveira.

O próximo passo para a viabilização do projeto de capacitação é a escolha de locais em que será desenvolvido e também o tipo de público que será atingido de maneira prioritária, como coordenadores pedagógicos e representantes de todas as escolas municipais. "Dessa forma, será possível o início dos trabalhos e o acompanhamento do impacto que a ação terá no cotidiano das escolas e como modificará essa situação na escola e, consequentemente, em toda a cidade", afirma o presidente do COMUDA.