Denominado comercialmente como Ecoflex, o material tem em sua composição 15% de pó de pneus. Além de contribuir com o meio ambiente, pois reaproveita pneus velhos e em desuso, o ''asfalto de borracha'' melhora a qualidade do asfalto comum.
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), o Brasil produz 41,3 milhões de pneus por ano e a frota nacional de veículos gera mais de 30 milhões de pneus inúteis por ano.
Embora seja mais caro do que o asfalto comum - R$ 26,28 contra R$ 24,41 por m², o asfalto com adição de pó de pneu tem maior desempenho em relação à durabilidade: sua vida útil pode chegar a dez anos enquanto o pavimento tradicional tem durabilidade de cinco anos.
Vantagens
Entre as melhorias observadas com a utilização do ''asfalto de borracha'', estão a redução da formação de trilhas de rodas causadas por ônibus e caminhões; maior aderência no contato do pneu com o pavimento; redução do barulho produzido pelo tráfego e a diminuição da espessura do pavimento.
Em média, são utilizadas cerca de mil carcaças de pneus por quilômetro de pavimento, considerando uma faixa com 4 cm de espessura.
A primeira via contemplada com o ''asfalto de borracha'' foi a Av. Olavo Fontoura, na Zona Norte da Capital, numa extensão de 2 km, totalizando uma área de 36 mil m², a um custo de cerca R$ 945 mil. O recapemanto com o novo asfalto também será feito na praça Campo de Bagatelle e poderá ser usado como padrão em toda a cidade.
Esta é a primeira vez que um município utiliza este tipo de pavimento em sua malha viária. Alguns trechos de rodovias brasileiras já usaram o ''asfalto de borracha'', como as paulistas Anhangüera, Anchieta, Castelo Branco e Imigrantes.