Covisa coordena ação ''Pode ser dengue!'' em toda a cidade

A operação, que começa nesta sexta-feira (24/02), será feita em escolas e estabelecimentos comerciais de toda a cidade, em especial nos meios de transporte coletivo e terminais, divulgando os sintomas e formas de prevenção à doença.

A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal de Saúde, começa nesta sexta-feira de carnaval (24/02) a ação ''Pode ser Dengue!'', que vai distribuir material informativo sobre os sintomas e modos de prevenção à doença, reduzindo os riscos à população paulistana.

Em razão do grande número de pessoas que viaja no período de carnaval com destino ao litoral, municípios do interior e demais cidades do país, a Covisa fará a distribuição do material em locais de grande movimento nessa época como terminais rodoviários e de ônibus urbanos, estações de trem, pontos de táxis e trechos de pedágios, além dos estabelecimentos comerciais.

A mensagem nos folhetos informa quanto à importância de se procurar um médico quando do aparecimento dos sintomas da doença, pois o diagnóstico ágil é o grande aliado para se promover ações de bloqueio na transmissão da dengue e a redução de riscos.

Distribuição

Para o desenvolvimento da ação foram confeccionados cerca de 3 milhões de folhetos, que serão distribuídos nos seguintes locais:

- Terminais Rodoviários do Tietê, Jabaquara e Barra Funda, nos guichês de venda de passagens;
- Estações de trem da CPTM – Brás, Luz e Bresser;
- Terminais de ônibus urbanos da SPTrans;
- Terminais de ônibus da EMTU;
- Pedágios da Ecovias - Imigrantes, Anchieta, Guarujá e São Vicente;
- Companhia Rádio Táxi Vermelho e Branco, com pontos nas rodoviárias e nos aeroportos;
- Ônibus de fretamento do Sindicato das Empresas de Transportes Públicos do Estado de S.Paulo – SETPESP;
- Escolas públicas e privadas municipais

Além da entrega dos folhetos, 60 mil cartazes serão afixados nos terminais rodoviários e nos ônibus de linha urbana, metropolitana e fretados, nas estações de trem, escolas privadas e rede municipal de ensino e de saúde.

Escolas e ônibus

Professores da Secretaria Municipal da Educação e do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (SIEEESP), rede de ensino público e privado, respectivamente, estarão atuando junto aos alunos com orientações sobre a Dengue por meio de instrumentos como o Guia do Professor, desenvolvido pela Covisa.

As empresas e companhias de transporte coletivo fixarão os cartazes dentro dos veículos que circulam ou têm rota para os municípios de risco. As administradoras de terminais, cooperativas de táxi, empresas e companhias de transporte devem distribuir os folhetos nos guichês de venda de passagem – ou pedir que os motoristas distribuam aos passageiros e permitam a distribuição desse material por agentes de saúde, escoteiros ou bandeirantes.

Comércio e estrada

Já a rede de saúde da cidade, em especial as Supervisões de Vigilância em Saúde (Suvis) e seus agentes vão distribuir cartazes e folhetos em supermercados, farmácias/drogarias, padarias, salões de beleza, escolas de idiomas, bares, restaurantes, hotéis, Sesc, Senac, ACM, Igrejas, Lyons, Rotary, associações de amigos de bairro, associações comerciais, clubes de mães, clubes esportivos, parques e praças públicas.

Serão entregues folhetos também nas estradas, pelas concessionárias de rodovias, por meio dos arrecadadores nas praças de pedágio. As empresas ou comunidades que têm sistema de locução interna ou rádio local poderão obter também o ''spot'' (material publicitário em áudio) sobre o tema, disponível no site da Covisa.

''Isso pode ser dengue!''

O material informativo traz mensagens e ilustrações orientando as pessoas sobre a correta identificação dos sintomas característicos da dengue.

O auto diagnóstico provoca confusão entre os sintomas de gripe e os da dengue e acaba levando à auto-medicação. Com isso, inconscientemente, a pessoa doente colabora para o aumento da propagação da doença, via contaminação dos mosquitos, que por sua vez contaminam outras pessoas.

Além disso, a falta de diagnóstico médico resulta na falta de notificação aos órgãos de saúde pública, que ficam impossibilitados de agir, ou seja, desenvolver ações de bloqueio para o combate da proliferação da doença.

Doença

A dengue é uma doença infecciosa causada por quatro diferentes sorotipos de um mesmo vírus – por isso uma pessoa pode adoecer mais de uma vez e ter a dengue na forma mais grave ou hemorrágica. A dengue pode ser fatal, mas não pode ser transmitida de uma pessoa para outra. Sem o mosquito Aedes aegypti não existe picada, e sem picada não há dengue.

O mosquito se infecta picando uma pessoa doente e passa a contaminar outras pessoas. A sua ação ocorre durante o dia e é feita pela fêmea, que precisa de sangue para maturar os ovos que serão depositados em locais com água limpa.

Sintomas

A dengue tem sintomas que muitas vezes se confundem com outras doenças como a gripe, mas sem coriza ou resfriado: febre alta (acima de 38°C), fraqueza e prostração, dor no corpo e nas juntas, dor de cabeça e dor fundo dos olhos.

A presença de dois sinais combinada com febre alta é a indicação para procurar o serviço médico, principalmente quem está chegando de viagem de região contaminada. Os sintomas da ‘’dengue clássica’’ acrescida de dor abdominal contínua, suor intenso e queda de pressão caracterizam os sintomas da dengue hemorrágica.

Prevenção

A dengue como doença só existe devido à presença do Aedes aegypti no meio ambiente. Para evitar a sua propagação, é preciso eliminar os locais que acumulam água e servem de criadouro para o mosquito, principalmente nas residências:

· Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia;
· Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis guardadas fora da chuva;
· Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;
· Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro;
· Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;
· Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos;
· Lonas, aquários, bacias, brinquedos devem ficar longe da chuva;
· Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos, destinados ao lixo ou “Operação Cata-Bagulho”;
· Cuidados especiais para as plantas que acumulam água como bromélias e espadas de São Jorge, ponha água só na terra.