Prefeitura inaugura ''cérebro'' do Programa Mãe Paulistana

O Centro de Regulação de Vila Nova Cachoeirinha vai monitorar o acompanhamento médico das gestantes e a situação dos leitos disponíveis na rede, de modo a garantir o atendimento das pacientes.

A Prefeito de São Paulo deu continuidade nesta quarta-feira (08/03) à implantação da Rede de Proteção à Mãe Paulistana, com a entrega do Centro de Regulação Obstétrica e Neonatal, no Hospital de Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte. O centro é o “cérebro” do programa, de onde são monitoradas as gestantes e a rede de atendimento da capital.

“A regulação, com informatização e pessoal especializado, vai nos permitir avançar muito no atendimento à maternidade em São Paulo”, afirmou o prefeito. “Aqui, no Centro de Regulação Obstétrica e Neonatal, temos um computador que controla a disponibilidade de leitos, e outro que registra a demanda aproximada de partos, para que compatibilizem os dados e ninguém fique sem atendimento”, explicou.

O prefeito também entregou os enxovais às quatro primeiras mães cadastradas no programa. Os kits contêm um cobertor, uma toalha, dois conjuntos de calças do tipo pagão, um conjunto de casaco, gorro e sapatos de lã, duas calças de malha, dois macacões e uma bolsa. A prefeitura terá uma despesa de R$ 48,40 com cada kit.

Os enxovais serão entregues somente às mães que fizerem todos os exames e comparecerem às consultas. Esta medida tem o objetivo de conquistar a fidelidade das gestantes. A Secretaria de Saúde espera, com o programa, reduzir os índices de mortalidade materna e infantil em São Paulo.

O Programa Mãe Paulistana vai monitorar desde a gestação até o primeiro ano de vida do bebê. A Secretaria de Saúde estima atender a uma média de 100 mil mulheres por mês na rede pública. Além do enxoval, as mães também terão direito ao passe de transporte gratuito.

Veja como vai funcionar o Mãe Paulistana:

1) A gestante é inscrita na UBS.
2) Ela receberá os bilhetes eletrônicos a cada três meses, cuja concessão se dará conforme indicação do médico (necessidade de consultas e exames).
3) A gestante será cadastrada na rede, vinculada à UBS, sob os cuidados de um profissional que acompanhará todo o pré-natal e puerpério. O médico pertence ao hospital onde a gestante fará o parto.
4) Com o controle das gestantes inscritas, será possível buscar aquelas que faltarem às consultas e identificar os motivos da ausência.
5) As gestantes serão identificadas conforme o risco que a gravidez apresentar, e serão monitoradas pela UBS mesmo quando encaminhadas para outros serviços de alta complexidade.
6) As gestantes terão acesso a todos os exames necessários e recomendados pela Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, inclusive a ultra-sonografia. O mesmo deve acontecer com o acompanhamento do recém-nascido. Os medicamentos também serão fornecidos.
7) No pré-natal, as gestantes receberão uma senha para entregar no hospital no momento do parto, para que possam ser identificadas no sistema da Central de Regulação e, assim, ter o parto garantido no hospital mais adequado (casos de risco), ao qual estará vinculada durante o pré-natal.
8) Após o parto, a gestante terá agendada na UBS a 1ª consulta do puerpério e a 1ª do recém-nascido (a consulta será marcada pelo hospital, que informará a mãe).