Gestão antecipa a professores R$ 350 de GDE mas sindicatos convocam paralisação

Secretaria propôs a antecipação para julho do pagamento da Gratificação de Desenvolvimento Educacional mas, desconsiderando as chances de acordo, os sindicatos tentam paralisar a rede municipal de ensino, que nesta terça funcionou normalmente.

Os sindicatos estão tentando paralisar a Educação e convocaram greve nesta terça-feira (28/03), apesar das negociações com a Secretaria Municipal de Gestão estarem em pleno andamento e de terem recebido contraproposta garantindo tanto o pagamento da Gratificação de Desenvolvimento Educacional (GDE) em 2006 quanto o aumento de seu valor de R$ 165,00 para R$ 350,00, a serem pagsos antecipadamente em julho.

De acordo com a Secretaria de Gestão, a data base do funcionalismo municipal é maio e o processo de negociação é permanente, com a realização de reuniões mensais da administração com dirigentes dos 47 sindicatos que representam todos os servidores. Nas negociações com a Educação, a GDE é fixada antes, pois estes servidores precisam conhecer os critérios de avaliação que serão adotados, principalmente em relação ao impacto de suas faltas. Desconsiderando tudo isso, os sindicatos da Educação tentam paralisar a rede municipal de ensino, que nesta terça funcionou normalmente.

Itens em pauta nas negociações

Dos 188 itens que os sindicatos da Educação estão discutindo com a Secretaria Municipal de Gestão nas duas mesas de negociações mensais que são mantidas, a Gestão propôs de imediato a antecipação para julho do pagamento de R$ 350,00, como parte da Gratificação de Desenvolvimento Educacional (GDE), cujo valor, pela regras atualmente em vigor, seria de R$ 165,00. Com a antecipação, serão fixadas as novas regras que permitirão aos professores alcançar maior valor anual de GDE.

Além de sugerir a fixação de questões fundamentais para discussão entre os 188 itens em pauta, a Gestão também se comprometeu a realizar estudos conjuntos com os sindicatos para que, num prazo de 60 dias, fosse elaborada uma legislação que contemple a fixação de professores nas chamadas escolas de difícil provimento.

Quanto ao projeto “São Paulo é uma Escola”, cuja implantação vem sendo questionada pelo Sinpeem, a Secretaria Municipal de Educação se dispôs a discutir amplamente eventuais dificuldades para obter aprimoramentos.

Aulas continuam

Apesar de ser uma categoria que tem mais de 70 mil profissionais, a manifestação convocada pelo Sinpeem nesta terça reuniu cerca de dois mil, segundo a Polícia Militar. E a Secretaria Municipal de Educação informou que não houve paralisação das aulas.

A recomendação aos pais é para que levem os filhos às aulas, já que, no caso de alguma falta de professor, são utilizados professores substitutos.

A Central 156 e o portal da Prefeitura www.prefeitura.sp.gov.br estão providenciando um sistema de acompanhamento do funcionamento das unidades para facilitar a informação aos pais dos mais de 1 milhão de alunos para rede municipal de ensino.