Prefeito visita favela atingida por cheia do Rio Tietê

Na manhã desta segunda-feira (03/04), o prefeito foi até a favela Pantanal, em São Miguel Paulista (Zona Leste), para verificar os estragos causados na região pela cheia do rio Tietê na semana passada.

O prefeito esteve na manhã desta segunda-feira (03/04) na favela Pantanal, alagada devido à cheia do rio Tietê na madrugada da quarta para a quinta-feira. A favela, localizada em área da Subprefeitura de São Miguel Paulista (Zona Leste), está erguida na várzea do rio Tietê, uma Área de Proteção Ambiental (APA) invadida há mais de 20 anos.

"Espero que o poder público possa apresentar uma proposta de alternativa de moradia para essas famílias que têm filhos, crianças, e que, efetivamente, têm muita insegurança em sair daqui. De imediato temos o trabalho da Defesa Civil e das subprefeituras para atenuar os transtornos e os sofrimentos causados pela interpérie", afirmou o prefeito após visita a casas. "Os moradores entendem que não é uma área adequada para a moradia, já que se trata de área pantanosa e de preservação ambiental", observou o prefeito.

Por determinação do prefeito, nos próximos dias devem se reunir o secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, o secretário estadual de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce; e os subprefeitos de São Miguel, e de Itaim Paulista (na divisa). "Vamos procurar definir alternativas para, pelo menos, minimizar o problema", explicou o secretário de Coordenação das Subprefeituras.

"Precisamos buscar alternativas, como por exemplo, a construção de um piscinão, que possa nos momentos de pico das chuvas abrigar essa água para que ela possa escoar de volta ao leito do rio", disse o prefeito.

Segundo a Subprefeitura de São Miguel Paulista, a favela Pantanal engloba atualmente cerca de 700 residências e de 4.000 moradores. Situação semelhante à dos últimos dias, em que a água subiu 50 centímetros acima da calha do rio, atingindo ruas e casas, aconteceu em janeiro deste ano.

Na ocasião, a Prefeitura - por intermédio da subprefeitura, da Defesa Civil e da Secretaria de Assistência Social - chegou a alojar a maioria dos moradores atingidos em abrigos provisórios, e forneceu colchões e cestas básicas para as famílias. Nesta cheia, os próprios moradores não aceitaram o abrigo, preferindo casas próximas de parentes e de amigos.

Desde a última quinta-feira (30/03), quando as residências alagaram, equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) têm visitado o local diariamente. O nível da água só baixou o suficiente para permitir a entrada de equipamentos necessários à remoção de terra e entulhos nesta segunda-feira (03). Pela manhã as retroescavadeiras já estavam trabalhando nas ruas da favela.