O aterro sanitário Bandeirantes, em Perus, Zona Norte, é considerado um dos mais modernos do mundo. Para o local são levadas diariamente cerca de 6,7 mil toneladas de lixo domiciliar, que são transformadas em energia elétrica. Com esse procedimento, os gases não são dissipados na atmosfera, evitando a elevação da temperatura global. “Que a gente tenha com este exemplo a oportunidade de dar seqüência a projetos idênticos, para que o Brasil possa cada vez mais estar inserido na cruzada em defesa do meio ambiente”, disse o prefeito.
Conforme o Protocolo de Kyoto, a produção de energia a partir do lixo dá direito à Prefeitura de São Paulo e à Biogás de lançarem no mercado certificados de emissões reduzidas, que são comercializados, constituindo receita para o Fundo Municipal do Meio Ambiente. A prefeitura tem direito a 50% dos créditos gerados pelo aterro. O prefeito estima que esse valor possa chegar a R$ 15 milhões.
O gás de aterro é também conhecido como gás bioquímico (GBQ) e é captado do subsolo por meio de uma rede de cerca de 50 km de extensão. Do subsolo o gás é bombeado para uma central, onde é distribuído para 24 motores, que funcionam como carros movidos a gás. Estes motores movimentam 24 geradores de energia elétrica. O excesso de gás é queimado. A energia elétrica produzida nos geradores é enviada para a subestação da Eletropaulo, onde é injetada na rede de distribuição.
![Em Perus 6 mil toneladas de lixo/dia viram energia](https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/DSC_5230_200x150_1144360551.jpg)