Agentes do programa Ação Família começam visitas

O trabalho de 800 agentes em 13 distritos da cidade começa nesta quarta-feira (19/04). O prefeito participou, nesta terça (18), da inauguração de mais dois centros de referência do programa, no distrito de Brasilândia, Zona Norte.

A partir desta quarta-feira (19/04), um contingente de 800 agentes de proteção social estará nas ruas para auxiliar 30 mil famílias que vivem em 13 distritos de maior vulnerabilidade social na cidade. Trata-se do programa "Ação Família - Viver em Comunidade", da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), em parceria com outras 11 secretarias da Prefeitura.

"O Ação Família procura integrar todos os programas sociais e de cidadania, para que aqueles que necessitam do apoio do poder público possam receber orientação adequada e acesso a esses programas tão necessários ao desenvolvimento de suas famílias", afirmou o prefeito durante a inauguração, nesta terça-feira (18), de dois Centros de Referência do Ação Família (CRAFs) no distrito de Brasilândia.

Durante o evento, realizado na Casa de Cultura da Freguesia do Ó, houve a apresentação dos agentes de proteção social da região à comunidade, e a entrega dos certificados do curso de capacitação para os 20 agentes que acompanharão 4.000 famílias no distrito de Brasilândia (Zona Norte), nos bairros de Parque Belém, Jardim Carumbé, Jardim Paulistano, Jardim Elisa Maria e Córrego Canivete. O prefeito entregou o certificado à agente Fernanda Rodrigues Gonçalves.

Nesta terça-feira, outros três centros do programa também foram inaugurados em distritos da Zona Sul (Parelheiros, Grajaú e Cidade Dutra), totalizando 13 centros na cidade desde a criação do Ação Família, em novembro de 2005.

Programa

O Ação Família funcionará a partir da visita dos agentes de proteção social às casas das famílias cadastradas. Nessas visitas, os agentes irão levantar informações sobre os problemas enfrentados pelas famílias e auxiliar em sua solução. "Os agentes também irão garantir os chamados mínimos sociais, os direitos mínimos que essas famílias têm, e a que muitas vezes não têm acesso, como escola, pós-escola ou um atendimento especializado em saúde, por exemplo", explicou o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Ajudar os pais a registrar os filhos no cartório civil e mediar conflitos graves entre pessoas da família ou entre famílias vizinhas serão algumas das funções dos 800 agentes que, a partir de fevereiro deste ano, participaram do curso de capacitação promovido pela SMADS, por meio do Espaço Público do Aprender Social, em parceria com a Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária e Fundação Instituto de Administração.

Cada agente ficará responsável por 200 famílias e suas atividades serão supervisionadas pela equipe técnica de cada um dos 13 Centros de Referência do Ação Família, instalados nos 13 distritos detentores dos piores indicadores sociais da cidade, de acordo com o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social.

Atividades sócio-educativas

Inicialmente, o programa cobrirá, nos Centros de Referência do Ação Família, 30 mil famílias, as mais vulneráveis das 78 mil cadastradas no período de novembro de 2005 a janeiro deste ano. A meta é trabalhar com 300 mil famílias até o final desta gestão.

Cada família ficará no programa por 12 meses, passando por três fases: Vida em Família, Família na Comunidade e Vida de Direitos e Deveres. Em contrapartida, as famílias deverão participar das atividades sócio-educativas promovidas pelo programa, matricular e manter os filhos na escola e nos núcleos sócio-educativos, manter atualizada a carteira de vacinação de seus filhos e não ter filhos menores de 16 anos em situação de trabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.