O Conselho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool de São Paulo (Comuda), vinculado à Secretaria de Participação e Parceria, realiza a partir deste sábado (13/05) uma pesquisa com 2.500 condutores de veículos nas proximidades dos bairros de Vila Madalena, Santana, Interlagos, Itaim Bibi e Tatuapé.

A pesquisa será feita em conjunto com a Unifesp, Sincor-SP, Uniad, Guarda Civil Metropolitana, Polícia Militar, CET, Adesf e outros parceiros, sempre após as 22h, nas sextas-feiras e sábados, durante oito finais de semana.

Questionário

Os condutores que concordarem em participar da blitz pedagógica responderão a um questionário. Depois, farão uso de bafômetros, ativos e passivos. Essa amostragem, depois de tabulada, demonstrará o índice de alcoolemia (nível alcoólico sangüíneo), dos motoristas e revelará também os prejuízos decorrentes dos riscos para si próprio, para os transeuntes, bem como para os condutores e passageiros de outros veículos.

O objetivo levantar dados referentes ao comportamento de beber e dirigir em condutores de veículos automotores em vias públicas de tráfego automobilístico, além de alertar a população sobre os riscos e as conseqüências de beber e dirigir. Os acidentes de trânsito com vítimas ocorrem, em grande parte, com motoristas que ingeriram álcool ou consumiram drogas.

Consumo

Os problemas decorrentes do consumo de álcool entre os motoristas têm sido amplamente estudados em países desenvolvidos - as evidências científicas confirmam os estudos epidemiológicos que indicam alta morbidade e mortalidade relacionada ao beber e dirigir.

No cenário mundial, o Brasil é um dos países com maiores proporções de problemas relacionados ao consumo de álcool, com imensos custos sociais. De fato, somos o quarto produtor mundial de destilados e o álcool está diretamente relacionado a pelo menos 10% do peso total de causas de morbidade e de mortalidade gerais do País.

Acidentes em São Paulo

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está relacionado a 42,7% dos acidentes de trânsito com mortes da cidade de São Paulo, segundo pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde. Foram analisados laudos de 454 pessoas que morreram em acidentes de trânsito, e 194 apresentaram concentração alcoólica no sangue acima de 0,6 g/l (grama por litro), o máximo permitido pela legislação brasileira.

O espaço urbano e particularmente o trânsito são palcos de uma das muitas conseqüências do uso de álcool, estando os aparatos públicos pouco municiados com medidas de controle e atenuação desses efeitos. O resultado desta equação é um dos motivos do país ser um dos recordistas mundiais de acidente de trânsito.