Dia das mães: programa Mãe Paulistana recebe enxovais e novas vans

Os principais objetivos do programa são organizar e melhorar a rede de atendimento à gestante e ao recém-nascido.

As mães de São Paulo ganharam um presente antecipado neste sábado (13/05). O prefeito e a secretária municipal de Saúde fizeram a entrega de seis vans e enxovais da Rede de Proteção à Mãe Paulistana, programa implantado nas unidades de saúde da cidade. Os principais objetivos do programa são organizar e melhorar a rede de atendimento à gestante e ao recém-nascido.

O prefeito entregou enxovais para algumas mães do Hospital Municipal Maternidade Prof.° Mário Degni, no Rio Pequeno, Zona Oeste, em homenagem ao Dia das Mães. As gestantes também receberam seis veículos do tipo van para transporte das Unidades Básicas de Saúde (UBS) até os hospitais onde farão os partos, para que elas conheçam previamente a maternidade e recebam orientações dos funcionários do hospital sobre a internação e o parto.

O programa, que teve início em 8 de março de 2006, prevê ainda passagem gratuita em transportes públicos municipais para a gestante, prevista em lei municipal, e um enxoval para o recém-nascido. Os exames são monitorados e as gestantes ou mães faltosas serão procuradas para que seu médico saiba a razão da ausência. “O Mãe Paulistana já está em pleno funcionamento”, disse a coordenadora do programa, Maria Aparecida Orsini de Carvalho.

O balanço dos primeiros meses do programa, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é positivo. Mais de 9.300 partos já foram realizados e cerca de 14.700 enxovais já foram entregues. Além disso, aproximadamente onze mil e quinhentos Bilhetes Eletrônicos foram enviados para as gestantes que se cadastraram.

O programa permite o acompanhamento da gestante e do bebê até a idade de um ano. Além do treinamento dos funcionários, a Secretaria da Saúde colocou em funcionamento uma Central de Regulação Obstétrica e Neonatal, que é responsável pelo monitoramento das gestantes e vai funcionar na maternidade do hospital Vila Nova Cachoeirinha.

Um dado interessante é que o parto normal, recomendado pelos especialistas, é predominante na rede municipal de Saúde, ao contrário do que acontece nos hospitais da rede privada, onde o número de cesarianas é superior.

A secretaria também ampliou o oferecimento de exames de ultra-sonografia e cardiotocografia e aumentar o número de leitos de UTI neonatal e berçários. O Decreto nº 46.966/2006, publicado no Diário Oficial, institui as diretrizes para a implantação do programa.

Como funciona a Rede de Proteção à Mãe Paulistana

- A gestante se inscreve na Unidade Básica de Saúde (UBS);

- Recebe um bilhete único a cada três meses, com créditos conforme indicação do médico da UBS (necessidade de consultas e de exames);

- A gestante é cadastrada na rede, vinculada à UBS, ao profissional que acompanhará todo o pré-natal e puerpério e ao hospital onde fará o parto;

- O programa prevê para as gestantes inscritas e acompanhadas na UBS, além da passagem gratuita, um enxoval básico para o recém-nascido e a carteira com foto da criança no hospital;

- Com o controle das gestantes inscritas, será possível buscar aquelas que faltarem às consultas e identificar os motivos;

- As gestantes serão identificadas, conforme o risco que apresentam, e monitoradas pela UBS, mesmo quando encaminhadas para outros serviços de alta complexidade;

- As gestantes terão acesso a todos os exames necessários e recomendados pela Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, incluindo a ultra-sonografia. O mesmo deve ocorrer com o acompanhamento do recém-nascido;

- No pré-natal, as gestantes receberão uma senha para entregar no hospital no momento do parto, para que possam ser identificadas na Central de Regulação e assim ter seu parto garantido no hospital mais adequado (casos de risco) e vinculado a ela durante o pré-natal;

- Após o parto, a gestante terá agendada a primeira consulta do puerpério e a primeira do recém-nascido na UBS. Também será orientada para o planejamento familiar.