Prefeito anuncia início da revitalização das praças da Sé e da República

O projeto tem como objetivo devolver ao município dois dos seus maiores espaços de convivência social. No total serão investidos R$ 7,2 milhões com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

ATUALIZADA ÀS 16H - O prefeito de São Paulo anunciou nesta terça-feira (30/05) o início das intervenções nas Praças da Sé e da República, localizadas na região central da cidade. O objetivo é devolver à Capital dois dos seus mais importantes espaços de convivência social. “É com muita satisfação que anunciamos o início oficial de reforma das duas praças”, disse o prefeito.

Segundo o secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé, o objetivo das modificações é oferecer uma praça revitalizada, que permita à população utilizá-la como espaço público de convivência. “Para isso, serão eliminados os obstáculos físicos, visando facilitar a circulação e a acessibilidade, melhorar a visibilidade e oferecer maior integração dos espaços”, explicou.

Na praça da Sé, a medida possibilitará a ampliação dos espaços de circulação e aumento do campo visual. A rosa dos ventos, área localizada em frente à Catedral da Sé, receberá melhorias na iluminação aumentando a segurança no local e devolvendo à praça o interesse turístico noturno. Passagens metálicas e rampas de acesso serão construídas para portadores de necessidades especiais. Os dois acessos para o metrô, que estão interditados, serão liberados ao público.

Uma das novidades da área central da praça é a reativação da fonte localizada no espelho d’água, onde serão implantados canteiros alagados. As esculturas serão realocadas e ganharão iluminação especial, o que ajudará a valorizá-las como elementos arquitetônicos e paisagísticos.

Outra mudança programada é um rearranjo paisagístico: 94 árvores serão plantadas na própria praça e 348 em área pública na avenida Castelo Branco. A área vai receber ipês-brancos, quaresmeiras, palmeiras-jerivás e aroeiras-salsas, entre outras.

A Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) participam do projeto. As obras na Sé e República serão executadas por um consórcio formado pelas empresas Este Engenharia e Araguaia Engenharia.

Na praça da Sé, serão investidos R$ 4,1 milhões sendo R$ 3,7 milhões do BID e R$ 400 mil da Prefeitura. As intervenções deverão ser concluídas em oito meses.

República

A intervenção tem o objetivo de resgatar o traçado que a praça tinha em 1905, ano em que passou por uma das principais reformas de sua história. Dentre as mudanças estão previstos: rebaixamento dos canteiros e gradis, recuperação do lago, novos pisos e despoluição visual.

De acordo com o secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé, a intenção é “fazer do local um espaço de convívio, permitindo que a população utilize o bosque para descanso e lazer”. A praça será interditada, durante a reforma, por tapumes que acompanharão o cercamento externo, preservando as calçadas para a circulação de pedestres.

O projeto prevê diversas alterações, começando pelo rebaixamento dos canteiros e a instalação de cerca baixa metálica em arco. Já as orlas e sarjetas serão refeitas em material cerâmico, como eram no início do século XX. As grades que cercam a praça serão tiradas. As áreas degradadas receberão novos pisos e as esculturas passarão por tratamento especial, incluindo iluminação artística.

A ligação entre as ruas do Arouche e Sete de Abril passará por um processo de despoluição visual, com o rebaixamento dos canteiros e grelhas e remoção de algumas árvores - que serão transplantadas para outros locais da praça. Outra novidade será a criação de uma fileira de palmeiras, para delimitar a área entre o edifício Caetano de Campos e a praça.

O coreto ganhará novos revestimentos e nova iluminação. Nos lagos, as intervenções incluem a correção das imperfeições do traçado, a restauração da impermeabilização e a implantação de canteiros aquáticos e de canteiros de seixos. O sistema hidráulico e de oxigenação da água passará por reforma, criando condições para o desenvolvimento de espécies aquáticas.

O entorno do casario da Guarda Civil Metropolitana e o da escola municipal, localizados na área central, terão os canteiros removidos, e o gradil voltado para o interior da praça será afastado. O projeto desta praça também foi feito em conjunto com a Emurb e o DPH, e contou com o apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

A feirinha de artesanato que acontece aos domingos continuará funcionando normalmente. Também não haverá interferência nas obras do metrô, que estão sendo realizadas na praça, no lado da avenida Ipiranga, e têm previsão de encerramento para o final de 2008.

Serão investidos R$ 3,1 milhões na reforma da praça. Destes, R$ 2,7 milhões vindos do BID e R$ 400 mil da Prefeitura. A previsão é que as obras sejam concluídas em oito meses.