Subprefeitura de Perus interdita galpão irregular de reciclagem

As dez toneladas de lixo tóxico foram transportadas em três carretas para serem incineradas. Moradores da região foram abrigados na sede do Conselho Tutelar durante a operação, para evitar a exposição aos materiais contaminados.

A Subprefeitura de Perus realizou uma operação nesta segunda-feira (24/07), que reuniu diversos órgãos públicos especializados, para retirada de dez toneladas de embalagens plásticas vazias de agrotóxicos de um deposito irregular, na travessa Cambaratiba, em Perus, Zona Norte. Participaram da ação Cetesb, Covisa - Suvis Perus, Policia Civil, GCM, SABESP e Conselho Tutelar.

O lixo foi identificado como embalagens usadas de agrotóxicos, que segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) representavam risco à saúde pública.

As dez toneladas de lixo tóxico foram transportadas em três carretas e levadas para uma empresa de incineração, em Suzano. O transporte foi feito por empresa especializada contratada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), entidade representante das empresas fabricantes de defensivos agrícolas, e responsável por gerir a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos utilizados na agricultura brasileira.

Ocorrência

No dia 20 de julho, a Subprefeitura de Perus recebeu a informação de que trabalhadores desse depósito de reciclagem estavam passando mal e com suspeita de contaminação por agrotóxicos. Além disso, os moradores da favela ao lado também reclamaram de cheiro forte de produto químico.

"Mandamos uma equipe da subprefeitura para fazer uma vistoria no local e foi constatada grande quantidade de embalagens de plásticas vazias de agrotóxicos. Diante da gravidade, acionamos a Cetesb, para fazer uma vistoria de urgente no local, e demais órgão competentes", esclarece a subprefeita de Perus.

Os moradores da favela (45 moradores, sendo 25 crianças) que estavam próximos ao galpão, foram abrigados na sede do Conselho Tutelar durante a operação, para evitar a exposição aos materiais contaminados.

"Nossa maior preocupação, naquele momento, era proteger a nossa população de um acidente ambiental ainda maior. A proximidade de crianças e idosos no local era extremamente preocupante. O apoio dos conselheiros tutelares foi importante naquele momento", disse Carlos Eduardo Gonzales Barbosa, coordenador de Assistência e Desenvolvimento Social da Subprefeitura de Perus.