Sampa Skate agita Capela do Socorro

A quinta etapa do circuito da Secretaria de Esportes aconteceu no último final de semana (12 e 13/08) na Capela do Socorro, no ginásio da ADC Eletropaulo, e o público presente assistiu as manobras de mais de 400 skatistas.

Neste final de semana (12 e 13/08), a quinta etapa do Circuito esteve presente na Capela do Socorro. O ginásio da ADC Eletropaulo (rua Peixe Vivo, s/n.º) recebeu toda a estrutura do Sampa Skate, começando às 8h.

O local foi preparado para os jovens radicalizarem. Foram montados as pistas, rampas e obstáculos para a categoria street. Mais de dez pessoas trabalham na organização do evento, desde a recepção, inscrição dos participantes, locução, operação de som, juízes e profissionais do esporte.

O evento conta também com uma equipe composta de médico, fisioterapeuta e uma unidade móvel de atendimento à emergência.

No final da competição, no domingo, o público participante é comumente brindado com um show de um grupo musical. Nesta etapa, a animação ficou por conta do rapper Lumbri’s (Lumbriga), que canta músicas que incentivam os adolescentes na busca de qualidade de vida.

Com uma média de quatrocentos participantes inscritos, os skatistas são divididos e competem em diversas categorias, obedecendo ao limite de 150 inscritos em cada uma. Como sempre ocorre nas etapas do Sampa Skate, no sábado é a vez dos mirins (até 13 anos) e iniciantes. Para o domingo, o circuito fica à disposição dos amadores (categoria I e II) e das mulheres (categoria feminino).

Noemi Reis, 21 anos, moradora da região central, levou seu filho Salomão, de apenas 3 anos, para curtir o circuito: “A paixão dele é andar de skate. Essa é a segunda vez que ele participa do Sampa Skate.

Já estivemos no CC Lapa e agora viemos para cá.” Noemi elogiou a iniciativa da SEME em promover o evento. E Salomão vai longe. Na sua categoria (mirim – até 13 anos), ele conseguiu a 17.ª colocação, deixando para trás garotos com mais idade que ele.

Sucesso comprovado

A aprovação do evento é total. Antes do horário marcado para o início, os jovens já faziam fila para efetuarem a inscrição. A participação é totalmente gratuita: basta apresentar um documento de identificação e preencher a ficha de inscrição. Depois, é tirada uma foto digital que fará parte de uma carteirinha entregue a cada skatista.

Na próxima etapa do Circuito, é só apresentar a carteira de identificação e divertir-se para valer.

O público também participa e aplaude, contagiado pelas manobras executadas pelos skatistas. Tudo no ritmo de muita música.

“Esta pista é muito legal. Estou trazendo o meu filho para ele sentir o clima do esporte, da competição”, afirma Ronaldo dos Santos Vaceloto, 33 anos, acompanhado de seu filho Yuri, 8 anos.

“Sempre que puder, levarei o Yuri para participar do Sampa Skate. Ele não gosta do futebol, ele curte o skate, as manobras. Eu incentivo mesmo, pois os skatistas têm muito respeito entre eles, torcem um pelo outro.”

Outra prova do sucesso obtido pelo Circuito Sampa Skate é a grande procura, que tem aumentado o número de participantes a cada etapa.

Profissionalismo

Como em campeonatos profissionais, os skatistas são avaliados em cada categoria por três juízes nos quesitos: estilo de manobra, dificuldade, criatividade, ocupação do espaço e quantidade de vezes que o skatista coloca o pé no chão.

Anderson Santana Finger é um dos juízes e explica: “Os skatistas são avaliados em um todo, no conjunto de quesitos. São dadas notas de 30 a 90 em cada um deles e depois chegamos à somatória. A maioria dos skatistas andam muito bem, mas às vezes ficam nervosos”.

Apaixonado por skate, Anderson resume bem o que é o esporte: “O skate é uma terapia. É só você e ele. Você pode realizar tudo o que quiser, é só ter determinação, lutar e conseguir. Como tudo na vida”, finaliza.

Na verdade, a prática do skate consegue aliar o esporte a mais pura diversão. Com um número crescente de adeptos, o skate consegue elevar o nome do Brasil no cenário internacional. O melhor skatista do mundo é o brasileiro Bob Burnquist.