Na confluência das vias Oratório, Paes de Barros e Rua da Mooca será entregue, às 11h de quinta-feira (17/08), obra em homenagem aos 450 anos da Mooca, um presente de empresários aos moradores e à Prefeitura. Com aproximadamente quatro metros de altura e feita em chapa metálica pintada em vermelho, a escultura lembra a letra inicial do bairro, estilizada. Projetada pela Budau Galo Arquitetos, ela foi instalada no centro histórico da região, próximo ao marco zero, ao busto de Anchieta e ao comércio tradicional.

O evento contará com a presença de representantes das associações de moradores do bairro, membros da comissão dos festejos de aniversário, estudantes, professores, comerciantes e do subprefeito. As comemorações começaram no dia 14, com a abertura do II Salão de Artes da Subprefeitura Mooca/Fotografia e a inauguração do Jardim das Esculturas, ambos na rua Taquari, 549. Outras atividades ainda serão realizadas até 25 de agosto (veja a programação completa no site da subprefeitura).

Um pouco de história

A Mooca surgiu em 1556, quando os jesuítas construíram uma ponte sobre o rio Tamanduateí e casas à sua beira. O nome vem da expressão tupi-guarani mo-oca que significa “faz casa”, usada pelos índios para apontar os primeiros habitantes brancos erguendo habitações de barro.

Até o início do século XVII, o local era constituído de chácaras e sítios. O movimento cresceu com a criação do Clube Paulista de Corridas de Cavalo em 1876, depois chamado de Hipódromo. No final do século XIX, mais mudanças, com a vinda de europeus, principalmente italianos; a construção da Estrada de Ferro Inglesa, que estimulou a instalação de indústrias e acomodação de seus trabalhadores nos arredores. Nesse período, São Paulo tornou-se o mais importante centro industrial do país - e boa parte das fábricas estavam instaladas na Mooca.

Atualmente, o bairro adquiriu perfil principalmente residencial, com o desenvolvimento do setor de serviços que acompanha o processo de verticalização. O lugar é procurado por incorporadoras que investem em conjuntos residenciais para a classe média e média alta, bem como para supermercados, academias, comércio de rua e shoppings.

Estima-se que o bairro vá receber 14 mil novos moradores nos próximos três anos, o que pode interromper o processo de crescimento negativo da população, apontado pelo IBGE nos últimos censos.