Prefeitura retoma obras das escolas de alvenaria

O secretário de Educação, José Aristodemo Pinotti, disse que a meta é substituir todas as escolas de lata por escolas de alvenaria até o fim do ano.

“É prioritário o fim das escolas de lata”, afirmou o prefeito José Serra ao visitar o canteiro de obras de 2 escolas na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, na tarde desta sexta-feira, dia 8. Ao lado de Serra, o secretário de Educação, José Aristodemo Pinotti, disse que a meta é  substituir todas as escolas de lata por escolas de alvenaria até o fim do ano.

O prefeito Serra e o secretário de Educação conferiram de perto a retomada das obras da EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Paulo Carneiro Tomaz Alves e a EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) Edalzir Sampaio Liporoni.

Durante o evento eles anunciaram o reinício das obras de 33 escolas de alvenaria em substituição às de lata: 17 serão readequadas pela Secretaria de Educação e outras 16 unidades serão construídas pela Secretaria de Infra-Estrutura Urbana (conforme relação abaixo), beneficiando 36.900 alunos. Hoje existem 50 escolas de lata no município.

“Sempre se falou em acabar com as escolas de lata, mas pouco se fez”, afirmou o prefeito de São Paulo. Ao apontar o terreno onde foram reiniciadas as obras das duas escolas Serra disse: “Não se pode nem falar que é uma retomada de obras de verdade, nós estamos é começando”. Pinotti completou: “Passou-se 4 anos dizendo que ia substituir as escolas de lata e não substituiu nenhuma”.

Participaram do evento os secretários de Infra-Estrutura Urbana, Antonio Arnaldo de Queiroz e Silva, das Subprefeituras, Walter Feldman, e o subprefeito da Vila Maria, Antonio de Pádua Perosa.

Na gestão de Celso Pitta foram construídas 61 escolas de lata no município. No governo de Marta Suplicy 11 delas foram desativadas e os alunos transferidos para CEUs (Centro de Educação Unificado).

Em agosto de 2004, anunciou-se a construção de 50 escolas. Porém as obras foram paralisadas por falta de pagamento - até o mês de dezembro em 90% delas foram realizados somente serviços de limpeza de terreno e preparação para fundação.

A atual prefeitura está renegociando os contratos e quitando as dívidas deixadas pela administração passada com as empreiteiras. A retomada das obras nas 17 unidades restantes está sendo negociada pela Secretaria de Infra-Estrutura Urbana, que estima concluir o processo até o início do mês de maio.

Nos próximos dias a Secretaria de Educação inicia a readequação de 17 escolas. As unidades funcionam em áreas irregulares ou de mananciais. Como não havia terreno próximo para a construção de unidades que pudessem substituir as metálicas, a Secretaria de Educação fez um acordo com o Ministério Público, em agosto de 2004, para a readequação das escolas. Os alicerces serão mantidos e os módulos metálicos substituídos por estruturas de concreto.

Além da substituição das construções, os estudantes de São Paulo serão beneficiados com a criação de novas vagas. Em uma EMEF de lata em média são atendidos 900 alunos, nos prédios convencionais esse número aumenta para 1.800. Já no caso das EMEIs de lata estudam normalmente 550 alunos, mas numa unidade de alvenaria a capacidade aumenta para 840 crianças.

Paulo Carneiro e Edalzir Sampaio

A escola Paulo Carneiro terá quadra poliesportiva, 16 salas de aula e uma sala de informática distribuídas em 3 pavimentos, com capacidade para atender 2 mil alunos. Já na EMEI Edalzir Sampaio Liporoni, para crianças de 0 a 6 anos, serão 8 salas de aula, sala de informática, brinquedoteca e playground em 2 pavimentos com capacidade para 420 alunos.

Nesse mesmo terreno funcionava até 10 de fevereiro a escola de lata EMEF Paulo Carneiro que pegou fogo. Os alunos foram re-alocados na Escola Estadual Jenny Klabin Segall. No terreno ao lado, em um galpão de metal, funciona hoje a EMEI Edalzir Sampaio. Os 1.482 alunos que estudam nessas 2 escolas passarão a estudar nos novos prédios. A previsão é que a obra seja concluída em 6 meses.

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