Prefeitura e Unifesp podem ampliar parcerias na saúde

Alguns projetos discutidos da reunião foram a passagem do PAM Maria Zélia para a administração da Unifesp, assim como das 14 Unidades Básicas de Saúde da região da Vila Maria, e a reforma e ampliação do Hospital Menino Jesus.

A Prefeitura de São Paulo e a Universidade Federal de São Paulo (Escola Paulista de Medicina) poderão acertar novas parcerias na área da saúde, de acordo com o que foi definido na tarde desta terça-feira (12/04) durante a audiência que o prefeito José Serra concedeu ao Reitor da Unifesp, Ulysses Fagundes Neto, em seu gabinete no Edifício Matarazzo.

Depois do encontro, Fagundes Neto informou ter apresentado ao prefeito alguns projetos futuros. Entre outros, a passagem do PAM Maria Zélia, um grande espaço ambulatorial de especialidades, para a administração da Unifesp, assim como das 14 Unidades Básicas de Saúde da região, referentes ao Hospital da Vila Maria, e a reforma do Hospital Menino Jesus, transformando este hospital num grande centro terciário para atendimento às crianças e com uma forte ligação acadêmica com a Unifesp.

Sobre o Hospital Menino Jesus, a Unifesp não vai ficar com a sua administração. "O que estamos fazendo - esclareceu o reitor - é um projeto de reforma para que ele se adeque a um hospital universitário e nós daremos a infra-estrutura acadêmica para este hospital. Não haverá nenhum tipo de interferência na gestão do hospital e sim um convênio acadêmico".

Com relação às 14 UBS, o Reitor da Unifesp, disse que, assim que estiver pronto o projeto do PAM Maria Zélia, que deverá ser entregue na próxima semana, "automaticamente as unidades básicas passam a se referir àquele PAM sob a nossa administração, também com profissionais da universidade. Faremos o seu gerenciamento, mas os recursos serão sempre da Prefeitura, que os repassaria à Unifesp dependendo de acordos posteriores".

Cirurgias ambulatoriais

Um outro projeto, que segundo Paiva "é muito ambicioso", trata da implantação de cirurgias ambulatoriais, de pequena e média complexidade, em hospitais dia. "São cirurgias de hérnia, varizes, fimose, hemorróidas, extremamnete rápidas e que não necessitam que o paciente permaneça internado por um tempo prolongado. As cirurgias seriam feitas em vários hospitais municipais e os médicos não seriam necessariamente só da Unifesp, mas também da rede. Vamos elaborar o projeto que será implementado pela Secretaria Municipal da Saúde".

Também serão oferecidos á Prefeitura cursos sequênciais para os funcionários da rede sobre gestão em saúde. "Nós temos bastante experiência e já oferecemos isso para a Secretaria de Saúde do Estado", destacou Paiva.

Agradecimento

O Reitor da Unifesp disse, ainda, que aproveitou a oportunidade do encontro para agradecer ao prefeito por ter a sua administração feito o pagamento dos débitos em atraso da gestão anterior, referentes ao Hospital de Vila Maria (administrado pela entidade há 10 anos). Foram R$ 5,4 milhões relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro. "A Prefeitura acertou também o pagamento dos meses de janeiro, fevereiro e março. Não há qualquer atraso", destacou.

"A promessa era de quitação no dia 28 de dezembro, ocasião em que desapareceram da tela de sistema os empenhos e nós ficamos sem receber por três meses, um dos maiores absurdos que eu já vi na minha vida", afirmou o coordenador dos hospitais da Unifesp, Nacime Mansur, que também participou da audiência com o prefeito, ao lado do diretor do Hospital São Paulo, José Roberto Ferraro, e Carlos Alberto Garcia Oliva, diretor financeiro da Unifesp.

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