Vigilância Sanitária faz nova coleta de peixe em fornecedores

O objetivo é verificar se alguma dessas amostras está contaminada com o parasita diphyllobotrium spp, que já contaminou 28 pessoas em São Paulo, que comeram peixe cru, 18 da quais somente este ano. O parasita pode provocar dores intestinais, diarréia e até anemia.

Uma equipe da Vigilância Sanitária da Prefeitura de São Paulo promoveu nesta quarta-feira (13/04) o terceiro dia de coleta de amostras de peixe cru em fornecedores – importadores e atacadistas - para restaurantes da cidade.

Estão sendo coletadas amostras das espécies de peixe salmão, tainha, robalo, tilápia, namorado, atum e dourado, posteriormente encaminhadas aos laboratórios da Prefeitura e Adolpho Lutz para análise.

O objetivo é verificar se alguma dessas amostras está contaminada com o parasita diphyllobotrium spp, que já contaminou 28 pessoas em São Paulo, que comeram peixe cru, 18 da quais somente este ano (clique aqui para mais informações). O parasita, também conhecido como tênia do peixe, provoca dores intestinais, diarréia e até anemia. Os primeiros resultados começam a ser divulgados em 10 dias.

Segundo técnicos da Vigilância, embora tenha sido divulgado, num primeiro momento, que o salmão seria o responsável pela contaminação, é preciso fazer um levantamento de diversas espécies, incluindo as que vivem na costa brasileira, para se ter uma idéia mais precisa sobre a origem desse problema. A ação vai durar cerca de dois meses e a meta é verificar 50 fornecedores.

Desde segunda-feira, três estabelecimentos foram visitados, dois dos quais hoje – uma importadora na Ceagesp, que já estava vendendo salmão congelado, e um supermercado na Mooca. Neste estabelecimento, o peixe estava sendo vendido fresco, e não congelado.

Mesmo com a realização das análises, a recomendação dos técnicos é de que o peixe cru seja consumido somente após o congelamento, cuja temperatura e prazo indicados são 20 graus negativos durante sete dias ou 35 graus negativos ao longo de 15 horas.

“O que vai resolver é o congelamento, é a prevenção”, afirmou a gerente de Produtos e Serviços de Interesse à Saúde, Inês Suares Romano, ressaltando que o parasita é encontrado somente em peixe cru, não oferecendo riscos a carnes que passem por algum processo de cozimento ou fritura.

Um dos problemas durante a ação da Vigilância Sanitária é que parte dos fornecedores ou mudou de endereço ou está trabalhando com outros produtos que não peixe cru. Também preferiu-se a coleta em fornecedores, em vez de restaurantes, para que o trabalho possa ser mais concentrado. Na quinta-feira (14/04), uma nova equipe da Vigilância fará novas coletas.

Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram nesta quarta-feira que só será aceita a importação para o Brasil do salmão congelado.

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