Garapa contaminada no Sul derruba venda em feiras de SP

Segundo José Torres Gonçalves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do Estado de São Paulo, “a queda foi em média de 60% na primeira semana após a notícia. Agora houve uma recuperação, a queda está em torno de 20%.”

A divulgação dos casos de contaminação registrados em Santa Catarina, onde 29 pessoas foram infectadas pela doença de Chagas após consumir caldo de cana em um mesmo quiosque na cidade de navegantes, derrubou a venda do produto nas feiras de São Paulo.

Segundo José Torres Gonçalves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do Estado de São Paulo, “a queda foi em média de 60% na primeira semana após a notícia. Agora houve uma recuperação, a queda está em torno de 20%.”

Preocupados com a queda do consumo de caldo de cana, os vendedores de caldo de cana de São Paulo e o Sindicato dos Feirantes se mobilizaram para esclarecer a população sobre a procedência da bebida na cidade.

No dia 28 de março o sindicato e os feirantes de caldo de cana realizaram uma doação de 600 copos de caldo de cana na rua Miguel Carlos, paralela com a Avenida Senador Queirós. Há 584 barracas de caldo de cana nas feiras livres da cidade.

“Na primeira semana após o registro dos casos em Santa Catarina, a queda foi de 90%, e houve um aumento da venda de água de coco e refrigerante” afirma Edgar Kasahara, há 4 anos vendendo garapa numa feira da zona leste.

Os feirantes deixam claro que em São Paulo jamais houve qualquer problema com o caldo de cana no que diz respeito à higiene e limpeza ou em relação à procedência do produto. A principal preocupação dos feirantes é mostrar que o produto vendido na cidade não tem relação com o de Santa Catarina, e sim, que é procedente do interior do Estado de São Paulo.

Segundo os feirantes há todo um cuidado no manuseio do produto, além dos cursos de manipulação e do credenciamento feito pela Vigilância Sanitária. “A cana vem para São Paulo sem folha e com casca, no depósito é raspado e higienizado e em seguida cortado em três partes e embalado em sacos plásticos”, afirma José Torres.

A reportagem pode verificar durante o período em que esteve na feira Buraco Quente, na zona leste, no último domingo, que o medo da população ainda persiste. Quando as crianças pediam caldo de cana, as mães compravam refrigerantes. Tudo isso apesar de um cartaz explicativo em exposição na banca.

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