Um incêndio na favela do Jardim Edith na manhã do último domingo (17/04), zona sul de São Paulo, destruiu cerca de 90 barracos, deixando pelo menos 350 pessoas desabrigadas. Não houve feridos, somente uma pessoa intoxicada pela fumaça, que foi liberada após receber atendimento médico.

A Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social já iniciou a distribuição de cestas básicas, colchões, cobertores e kits saúde - medicamentos e produtos de higiene.

A Subprefeitura de Pinheiros está cadastrando os moradores que perderam seus barracos. As famílias que aceitarem o auxílio da Prefeitura serão encaminhadas temporariamente ao abrigo Cancioneiro, localizado a dois quilômetros de distância da favela.

Outra medida tomada é a antecipação do pagamento do Renda Mínima para as família que perderam suas casas. As famílias que ainda não participam do programa serão cadastradas e também terão o benefício antecipado.

A possível causa do incêndio foi o curto-circuito em uma ligação clandestina de energia elétrica. Para o coordenador do Programa de Redução de Perdas Comerciais da Eletropaulo, Arnaldo Silva Neto, “é necessário fortalecer a parceria entre a Eletropaulo e a Prefeitura, para ajudar na conscientização das pessoas para a legalização desses serviços e também na regulamentação das ruas, dar um endereço a essas pessoas”.

A Eletropaulo oferece uma alternativa para os cidadãos, a Tarifa de Baixa Renda, que consiste em uma maneira de essas pessoas desfrutarem do serviço de energia elétrica de forma regularizada, com um custo mais baixo.

No entanto, existe resistência por parte da população de baixa renda. De forma ilegal, eles conseguem energia elétrica sem pagar qualquer quantia pelo serviço e com a opção da Eletropaulo existe um custo, baixo, mas que fará diferença no orçamento do final do mês.

“Não é somente uma questão de cidadania, afinal eles precisam de um endereço correto, mas também é uma forma de acabar com acidentes e evitar tragédias como o incêndio que aconteceu”, afirma Arnaldo.

Mais informações sobre a Tarifa de Baixa Renda, pelo telefone 2195-2615.

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