O prefeito José Serra foi até a Zona Leste para ver de perto, nesta segunda-feia (02/05), a situação do Hospital Municipal Alípio Correa Netto, em Ermelino Matarazzo.
Sem avisar, o prefeito chegou pouco depois do meio-dia e percorreu várias dependências do hospital, conversando com os pacientes e seus acompanhantes e também com os funcionários, enfermeiras e médicos. E ouviu reclamações e sugestões de pacientes, na maioria relativas à demora no atendimento e escassez de funcionários no setor de pronto socorro.
O Hospital Municipal Alípio Correa Netto é uma unidade de nível terciário, preparado para atender a região nos procedimentos médicos mais complexos como as neurocirurgias. Tem também maternidade, banco de leite materno e uma unidade do Instituto da Visão, que é um programa de atendimento oftalmológico gerenciado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Mesmo constatando a necessidade de melhorias nessa parte do hospital, o prefeito afirmou ter ficado satisfeito com o que viu. Constatou, por exemplo, que medidas tomadas nos primeiros meses deste ano tornaram mais eficiente o atendimento médico e a utilização dos leitos disponíveis e da UTI, e que isso permitiu aumentar o índice de altas médicas e reduzir o número de óbitos.
No entanto, o prefeito saiu de lá preocupado com as dificuldades que observou e as reclamações que ouviu na área do pronto atendimento. O Hospital Municipal de Ermelino Matarazzo não tem estrutura capaz de atender convenientemente a enorme demanda da região. Sobrecarregado, o pronto socorro tem realizado cerca de 30 mil atendimentos mensais, segundo informou a direção do hospital.
Boa parte desses atendimentos é de casos médicos mais simples, como inalações para dificuldades respiratórias ou desarranjos intestinais, que poderiam ser atendidos em postos de saúde. E a procura pelo pronto socorro do hospital teve forte aumento nos últimos dias, provocado pelas dificuldades do Hospital Santa Marcelina, também na Zona Leste, que vem interrompendo alguns tipos de atendimento básico.
O prefeito determinou à direção do hospital que tome providências para amenizar essa situação, como a ampliação do quadro de enfermagem e a melhoria do conforto nas salas de espera. Mas deixou claro que a solução do problema está na ampliação e melhoria das unidades básicas de saúde (UBS), que são as unidades adequadas para atender os casos mais simples.
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