Alunos da EMEF Herbert de Souza deixam escola de madeirite

No contrato firmado no ano passado para readequação da EMEF Herbert de Souza, o m2 foi estipulado em R$ 970, preço que caiu para R$ 503 pelo atual contrato. Na obra da EMEF Donato Sussumi Kimura, vistoriada por Serra na seqüência, a economia obtida com o novo contrato foi de 21%.

“Agora a escola vai ser de bloco, não vai ter mais o barulho que antigamente tinha e vai melhorar o ensino porque vamos conseguir ouvir o que a professora nos diz quando chove”.

Com esta frase o aluno Allan Felipe da Silva Santos, da 5ª série da EMEF Herbert de Souza, revelou sua expectativa quanto à mudança nesta quarta-feira (4/05) para uma sala de alvenaria, após ficar sete meses instalado em uma “caixa” de madeirite. A escola, no bairro do Capão Redondo, na Zona Sul, foi visitada pelo prefeito José Serra nesta terça-feira (03/05).

Além do compromisso de acabar de vez com as escolas de lata, o prefeito mostrou preocupação em garantir austeridade administrativa ao processo. “Retomamos as obras e renegociamos os preços. O preço atual desta escola é 50% menor do que o preço anterior por metro quadrado”, destacou Serra.

No contrato firmado no ano passado para readequação da EMEF Herbert de Souza, o m2 foi estipulado em R$ 970, preço que caiu para R$ 503 pelo atual contrato. Na obra da EMEF Donato Sussumi Kimura, vistoriada por Serra na seqüência, a economia obtida com o novo contrato foi de 21%.

Como Allan, 1.240 dos 1.660 alunos da Herbert de Souza terão condições físicas adequadas para o estudo. Além disso, foi retomado o período de quatro horas de aula. Essas mudanças foram possíveis porque o piso superior da unidade em obra, com 10 salas, já está pronto.

O benefício será estendido aos demais alunos já no início do segundo semestre. O prazo para a conclusão da obra é de 90 dias, contados a partir do dia 13 de abril, data de início da intervenção.

A Herbert de Souza é umas das 17 escolas modulares da cidade que funcionam em áreas irregulares ou de mananciais, e que estão sendo readequadas. Os alicerces foram mantidos e os módulos metálicos estão sendo substituídos por estruturas de concreto.

Apesar de um acordo da Secretaria de Educação com o Ministério Público em agosto de 2004 para a readequação dessas 17 unidades, a administração anterior não conseguiu realizar as obras, que foram paralisadas por atrasos ocasionados pela falta de pagamento das construtoras contratadas.

Durante a visita, o secretário municipal de Educação, José Aristodemo Pinotti, informou que quase todas essas 17 escolas tiveram um destino parecido: “derrubou-se a escola de lata, criou-se um canteiro de construção da nova escola, criou-se uma estrutura de madeirite para abrigar as crianças provisoriamente e interrompeu-se a obra por falta de pagamento. A atual administração retomou tudo”, afirmou.

Para Rosemary Szkloda de Souza, mãe de Luiz Henrique, aluno da 1ª série da EMEF Herbert de Souza, as salas de madeirite para onde foram transferidos os estudantes em agosto do ano passado trouxeram problemas ainda maiores do que a estrutura de metal. Pelo fato de muitos alunos e professores passarem mal nos ambientes provisórios, o período de aula nos quatro turnos da escola foi reduzido de quatro para duas horas.

“Você fecha a porta da sala e sente o calor e a falta de ar. Imagina uma criança ficar quatro horas aqui.”, explica. A opinião de Rosemary é compartilhada pelo prefeito, que, após a visita às instalações provisórias da escola, observou: “A escola de madeirite consegue ser pior do que a escola de lata, do ponto de vista de temperatura e do isolamento”.

O prefeito José Serra esteve também na EMEF Donato Sussumi Kimura, no Campo Limpo, que tem 668 alunos instalados em salas de madeirite. Serra conversou com mães, alunos e professores, ouviu reivindicações de moradores e vistoriou a obra, que está em fase de colocação de blocos. O prazo para término da intervenção na Donato Sussumi Kimura é de 120 dias.

Das 61 escolas de “latinha” construídas na cidade na gestão Celso Pitta, 50 ainda estão em atividade. Trinta e quatro delas devem ser desativadas até o final deste ano.

Clique aqui para ler outras notícias no portal da Prefeitura.