Onde a poesia encontra seu espaço na cidade de São Paulo

Em duas versões – Sarau de Leitura e Sarau de Leitura na Praça –, o projeto do Departamento de Bibliotecas Públicas inspira os participantes a desenvolverem a leitura como um hábito prazeroso.

Mais do que uma possibilidade de ampliar os horizontes ou de adquirir conhecimentos, a leitura nos saraus realizados em algumas das bibliotecas da rede pública municipal é estimulada primordialmente como fonte de deleite.

E, para levar as pessoas a descobrirem gradativamente esse prazer, a organização dos saraus, que está sob a coordenação geral da pedagoga Maria Rita Marques, procura usar alguns artifícios. Um deles é a escolha de um tema em torno do qual giram as leituras.

“Procuramos escolher um assunto que garanta a qualidade literária a ser apresentada. Podem ser datas comemorativas, como o Dia Internacional da Mulher ou o Dia da Consciência Negra, ou ainda autores consagrados, como Manuel Bandeira”, explica Maria Rita.

Após a escolha do tema, é feita a seleção de alguns livros do acervo. Durante o encontro, esse material é usado por todos os presentes, contudo, isso não impede que as pessoas leiam textos de sua própria autoria.

O clima é preparado cuidadosamente, às vezes até com música ambiente, e para que a reunião fique ainda mais agradável, permeando as leituras, são feitas apresentações musicais com repertório adequado para o momento.

No Dia da Poesia, quem pôde desfrutar um pouco desse clima na Biblioteca Anne Frank foi uma turma de 60 crianças da EMEI Tide Setúbal, que, apesar de terem entre 4 e 6 anos e não serem alfabetizadas, foram introduzidas ao mundo da poesia. Uma das mais apreciadas foi a Gato Xadrez, de José Paulo Paes.

“As crianças gostaram tanto do poema que me pediram para ler várias vezes e, em alguns momentos, completavam os versos”.

Dessa forma, com a leitura em grupo, “o sarau cria um espaço de interação que atinge a necessidade humana de compartilhar o belo e, por alguns momentos, tira as pessoas desse mundo que apela para a imagem e as leva ao encantamento do mundo da palavra”, afirma a coordenadora.

Ao levar a arte literária para além dos espaços das bibliotecas, os saraus já ocuparam as praças da República, Antônio Prado, Ramos de Azevedo, Dom José Gaspar e também o largo do Paissandu.

De todos esses lugares, a praça Dom José Gaspar - localizada atrás da Biblioteca Mário de Andrade - foi a escolhida pelos coordenadores, poetas e participantes dos Saraus de Leitura na Praça como a ideal para realização dos próximos encontros ao ar livre.

Serviço:

Quando e onde ocorrem os saraus?
BP Alceu Amoroso de Lima, terceira quarta-feira do mês, às 14 horas.
BP Dinah Silveira de Queiroz, última quinta-feira do mês, às 14 horas.
BP Helena Silveira, duas vezes ao mês, sem data fixa, às 14 horas.
BP Nuto Sant’Anna, última quinta-feira do mês, às 14 horas.
BP Presidente Kennedy, última terça-feira do mês, às 14 horas.
BP Raimundo de Menezes, terceira quinta-feira do mês, às 14 horas.
CEU São Carlos, um sábado no mês, às 18 horas.
Mais informações: telefone 3334-0001 – ramal 2405, com Maria Rita.

Leia mais: 2005: o Ano Ibero-americano da Leitura

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