O prefeito José Serra visitou nesta sexta-feira (13/05) as obras de mais três escolas cujas estruturas de lata estão sendo trocadas por alvenaria: a EMEF Edgar Carone, no Jardim Britânia, a EMEI e a EMEF Monte Belo. As obras, que começaram em setembro de 2004 e foram paralisadas em outubro, foram reiniciadas há um mês, no dia 13 de abril, pela Secretaria Municipal de Educação.
Os 800 alunos da EMEF Edgar Carone estão instalados, desde o ano passado, em uma estrutura de madeira compensada. Um desses 800 alunos é Bruno Cruz, que tem 8 anos de idade e está na 2ª série. A mãe do garoto, Alexandra Silva Cruz, professora estadual licenciada, acompanha o andamento da obra diariamente. “Passo em frente sempre que venho trazer o meu filho. Acho que agora está indo”, comemora. Alexandra conta que a rinite alérgica de Bruno piorou desde que houve a mudança para a escola provisória. “Às vezes ele sai espirrando muito, coçando o nariz direto”, conta a mãe.
O sufoco de Bruno e seus 799 colegas acabará a partir do segundo semestre. A obra da escola de alvenaria deve estar concluída dentro de um mês. “Logo essas crianças terão melhores condições, porque as escolas de lata ou essas de madeira efetivamente não apresentam nenhuma condição para uma aula decente, para que os alunos tenham um ambiente favorável ao aprendizado”, comentou o prefeito.
José Serra afirmou que a prefeitura está reduzindo os preços do metro quadrado de obra na ordem de 14% a 37%, em relação ao que vinha sendo pago. “Com uma economia total, no caso das escolas dessa região, de aproximadamente R$ 2,5 milhões, a prefeitura consegue construir mais três escolas”, apontou.
Na seqüência, José Serra visitou tanto as instalações provisórias quanto as obras de outras duas escolas na região de Perus: a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Monte Belo e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Monte Belo, ambas na rua Florestan Fernandes, e que tiveram seus alunos transferidos para escolas anexas de madeirite, também em setembro de 2004. Após negociação da atual gestão com a Construtora Araguaia Engenharia, o preço do metro quadrado no caso da EMEI foi reduzido em 38% e no da EMEF, em 18,5%.
As obras, que têm prazo de 90 dias para término, estão sendo realizadas no mesmo terreno onde estavam as escolas de lata. Na EMEI estudam 425 crianças de 4 a 6 anos de idade, em dois turnos. A nova escola poderá atender a 720 alunos para funcionamento em três turnos e contará com seis salas de aula e playground coberto. Já a EMEF atende a 1.275 alunos, em quatro turnos. Na nova EMEF - com nove salas de aula, uma sala de informática, uma quadra e um pátio - poderão ser atendidos 1.600 alunos.
Ao todo existem na cidade de São Paulo 50 escolas de lata. Em abril de 2005, a Prefeitura de São Paulo reiniciou as obras de substituição de 34 dessas escolas. O ex-prefeito Celso Pitta construiu 61 escolas modulares, das quais 11 foram desativadas na gestão passada. Em agosto de 2004 foram iniciadas obras de substituição das 50 escolas restantes, mas em 90% delas, apenas foram executados serviços de limpeza de terreno e início da fundação.
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