A adoção de medidas para dar mais segurança aos motociclistas na cidade de São Paulo foi o tema do fórum técnico “Motos: Transporte Ágil e Frágil”, promovido ontem pela Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e coordenado pelo Grupo Executivo de Mobilidade (GEM), com participação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e do DTP (Departamento de Transporte Público), órgão da SMT que cuida dos segmentos de transporte escolar, táxis, fretamento e outras modalidades de transporte público.

Entre as propostas debatidas, destacou-se a restrição do acesso de motocicletas às pistas expressas das marginas, já que nelas o índice de acidentes é maior do que nas vias locais. A grande maioria desses acidentes é fatal.

O fórum também avaliou a criação de faixas exclusivas ou referenciais para motocicletas em vias de tráfego intenso, com mais de mil motos por hora. Esse tema, aliás, consta de projeto da Câmara Municipal, aprovado na terça-feira (17/05) e encaminhado ao prefeito.

Por outro lado, há uma preocupação com projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, baixando a idade de habilitação dos motociclistas para 16 anos. A maior incidência de acidentes de moto é na população masculina, das classes C e D, de baixa idade.

Os cerca de 100 participantes do fórum concordaram em não autorizar os mototáxis na cidade e com a necessidade de regulamentar o motofrete. No ano passado, a cidade registrou 400 mortes de motociclistas.

Cerca de 28% dos acidentados não têm habilitação e um terço dos atendimentos do grupo de resgate dos Bombeiros são a acidentes de moto. Durante os debates, ontem pela manhã no Centro de Treinamento e Educação de Trânsito (CETET), na Barra Funda, a mil metros dali, na pista expressa da marginal Tietê, um caminhão passou sobre um motociclista, que teve morte instantânea.

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