Deficientes se unem para doar sangue

Mobilizado pela Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, um grupo de instituições dedicado à causa da pessoa com deficiência compareceu à Santa Casa para um exercício de cidadania.

Esta terça-feira, 24 de maio, foi um dia marcado pela cidadania. Mobilizado pela Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, um grupo de instituições dedicado à causa da pessoa com deficiência (como a Associação de Ballet e Artes para Cegos Fernanda Bianchini, a Associação Comunitária Esperança do Futuro, a Associação Gente Pequena do Brasil - Nanismo, entre outras) foi ao Hemocentro da Santa Casa de São Paulo com uma missão especial: doar sangue.

A iniciativa da secretaria foi motivada pelo pedido, na semana passada, do prefeito José Serra a todos os paulistanos para doarem sangue devido ao baixo estoque no Banco de Sangue paulistano, mas não apenas por isso. A doação de sangue é um gesto importante para as pessoas com deficiência. Primeiro, porque muitos ficaram deficientes por terem sido vítimas de acidente e, nesses casos, necessitaram de internação e recebimento de sangue. Como é o caso da própria secretária Mara Gabrilli que, há 10 anos, teve de fazer transfusões quando sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. "Sei da importância que é ter sangue disponível, porque dele dependeu a minha vida. Agora que posso doar, passados dez anos dessas transfusões, faço questão de ser doadora", afirma Mara.

Outro motivo é a importância de se mostrar que uma pessoa com deficiência é tão integrada à sociedade quanto qualquer outro cidadão. E que tem o direito de ser tratada com dignidade, apesar das diferenças.

Mesmo não tendo doado sangue por causa do baixo nível de hemoglobina (comum entre mulheres), Mara conseguiu reunir diversas entidades num mesmo dia com um foco em comum: provar que o deficiente tem sangue bom. Nos dois sentidos.

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